Título da redação:

Mundo real versus virtual

Proposta: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 27/07/2016

As novas tecnologias da informação abriram caminho para a interatividade e a disseminação de ideias mais ativas. Na internet, por exemplo, é comum que os usuários emitam suas opiniões em matérias de sites de notícias, façam comentários em blogs e nas redes sociais. Isto posto, houve uma amplificação do espaço para a pluralidade de opiniões e de movimentos em busca da disseminação de determinados ideais sociais, como o movimento "Stop the killing", no Estados Unidos, que luta contra a intolerância racial e contra o assassinato de negros no país. Nas redes sociais, movimentos como o "Stop the killing" ganham força e adeptos. O espaço cibernético propicia que as ideias sejam difundidas e que os preceitos dos movimentos sejam explicados. Por conseguinte, mais pessoas aderem aos movimentos sociais. No entanto, apenas uma minoria realmente tem papel ativo nas causas reivindicadas. A grande maioria participa apenas por meio das redes sociais, tornando-se ativos no mundo virtual, contudo passivos no mundo real. Isso acontece porque é mais fácil e cômodo reclamar e reivindicar nas redes sociais do que sair da zona de conforto e fazer as cobranças diretamente com os responsáveis pelas mudanças requeridas, por exemplo, muitos reclamam da precariedade do transporte público nas redes sociais, mas são poucos os que vão até os órgãos responsáveis para requerer de fato uma melhoria. Portanto, é preciso que haja um equilíbrio entre aquilo que se reivindica no mundo virtual e a luta por essa reivindicação no mundo real. Por isso, os próprios movimentos sociais devem dialogar com seus integrantes para convencê-los a serem ativos fora das redes, promovendo a conscientização de que apenas o ciberativismo não é suficiente para se chegar às mudanças pretendidas. Ademais, na educação escolar, é preciso que o tema redes sociais e reivindicação seja colocado em pauta, a fim de que os estudantes aprendam que a internet é uma ferramenta útil para o protesto, mas que é preciso ser ativo também fora da rede para se obter resultado eficaz com relação ao que se reivindica.