Sendo a união do atual ao antigo, o ciberativismo usa da necessidade humana de se manifestar para mais uma atividade virtual. Esse, com suas qualidades e defeitos, necessita ainda de alguns ajustes. As redes sociais podem sim ser consideradas como uma ferramenta de protesto. O maior contato com a informação e o fácil acesso a livros e artigos, além de criarem um espaço propício ao debate de ideias, trouxeram uma elevação na consciência pública. A esses dois fatos se adiciona a facilidade na organização de eventos e manifestações como visto nas primaveras árabe e carioca. Se enquadram ainda os abaixo assinados online, os plebiscitos e a relevância, aos governos, da pressão popular. Essas são características que tem de ser consideradas , ainda que não descrevam o fenômeno em sua totalidade. Simultaneamente, o ciberativismo beira e por vezes ultrapassa a linha do falso ativismo. O contato virtual com outros perfis nos da a equivocada sensação de interação real. Os embates e discussões onde se colocam opiniões e defendem-se ideais são constantemente confundidos com intervenção na realidade. Essa confusão traz os ataques em massa feitos por grupos online confrontando uma situação nacional e internacional imóvel. Marx aponta que a prática é o critério da verdade e devemos aplicar esse conceito na modernidade reunindo todos os meios para se concretizar uma ação. Portanto, para um equilíbrio entre teoria e pratica devemos contar com ONG’s e escolas. A primeira na conscientização do tempo de qualidade nas redes e atentar a sociedade da necessidade do contato político-social. A segunda na condução dos alunos a atividades e pesquisas em campo, tornando a vivencia dos estudantes mais externa ao mundo virtual e consequentemente desenvolvendo adultos atores de mudanças concretas.