“Eu temo o dia em que as redes sociais influenciarão a ação humana e então teremos uma sociedade de idiotas”. Ao ter em vista essa frase é possível abrir um viés para discussão a cerca dos impactos causados pelas redes face à política do país. No século V o imperador Dário I criou a Estrada Real Persa para proporcionar comunicação por todo seu reino. Em média, os mensageiros levavam sete dias para entregar um pronunciamento. Atualmente, devido aos avanços tecnológicos, uma mensagem leva, aproximadamente, dois segundos para chegar ao seu destino. Por conseguinte, as redes sociais tiveram grande influência na organização das manifestações de 2014. Em detrimento disso, foi possível reunir um grupo considerável de pessoas. Entretanto, devido ao longo alcance dos “posts” compartilhados, em alguns pontos do país, o objetivo dos protestos foi distorcido e desdobrado em farra e “selfie”. Quanto ao primeiro item ainda convém citar que, não raro, debates políticos via “facebook”, muitas vezes, são de cunho irrelevante ou agressivo devido ao anonimato conferido pelas redes. Somado a isso é possível notar que, diversas ideias ficam reféns do comodismo que as redes sociais oferecem e consequentemente criam os Manifestantes de sofá, cidadãos que participam e incentivam as manifestações sem sair de casa. Em virtude dos fatos mencionados, para garantir maior entendimento e promover o senso crítico do brasileiro face à política via internet e usando como base a frase de Kant que diz: “O homem é aquilo que a educação faz dele”, é necessário que o estudo das Ciências Políticas seja implantado na grade escolar e que somado a isso esteja a participação de toda a comunidade em campanhas que visem a exposição da situação política do país e conscientização a cerca de benefícios e malefícios do uso das redes. Dessa maneira, será possível aproveitar os aspectos positivos proporcionados pelas tecnologias interativas.