Com o advento da 3° Revolução Industrial no século XX diversos meios de comunicação tem sido criados, dentre eles a internet. E graças a esta, a expansão das redes sociais como Facebook e Twitter tem alcançado dimensão global, o que tem gerado efeitos políticos, econômicos e sociais em muitos países. E embora a concepção de que estas coalizões cibernéticas não passam de falso ativismo demonstre aparente razão, a complexificação analítica deste processo salienta que a internet é uma grande ferramenta de protesto, seja pela sua eficiência expositiva por meio de páginas, imagens e sites, seja pela capacidade de despertar grandes contingentes da mesma. Em primeiro plano, ficou atestado depois da Primavera Árabe o potencial de popularização - e até massificação - de ideias da internet. Após as ondas de protestos que eclodiram em 2011 na Tunísia, toda a região árabe pôde se unir através das redes sociais em prol de um objetivo comum: retirar ditadores do poder e instaurar a democracia. Neste sentido, o Egito, o Iêmen, a Tunísia e a Líbia já obteram sucesso nesta campanha política, restando apenas a Síria com o resistente ditador Bashar al-Assad. Desta forma, nota-se a influência organizacional das redes sociais por conta das facilidades oferecidas. Ademais, cabe ressaltar o alcance quantitativo proporcionado pelos meios virtuais. Desde manifestações mais simples às mais complexas como Diretas Já em 1984, o obstáculo comum que geralmente impede a consumação das mesmas é a dificuldade em mover muitas pessoas e de locais diferentes. Todavia, este entrave foi ultrapassado pela internet conforme indicou a consultoria feita pela SocialBakers em 2012, a qual apontou que somente neste ano houve a adesão de 29 milhões de pessoas ao Facebook. Assim, compreende-se a eficácia da internet em dar voz a toda uma sociedade. Entende-se, pois, que o ciberativismo funciona como meio de protesto tanto por seus recursos quanto por sua acessibilidade. Com o intuito de fomentar esse panorama, a sociedade deve consolidar, por meio de manifestações, a conquista de seus direitos, tais como liberdade de expressão, além de pressionar as instâncias legislativas estaduais para que aprovem repasses ao Ministério de Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicação a fim de que implementem ouvidorias especializadas em denúncias e protestos de âmbito virtual. Dessa maneira, o êxito dessas ações permitirão que os meios virtuais ultrapassem ainda mais limites e estabeleçam um futuro de liberdade e paz.