Título da redação:

Internet liberta

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 01/09/2016

Em 2011, o governo do Egito bloqueou o acesso à internet de um país inteiro para desarticular movimentos populares organizados pela internet. Em 2013, a insatisfação popular eclodiu em diversas manifestações por todo Brasil, convocados e organizados utilizando as redes sociais, sem a participação ou orientação de qualquer partido político. Em 2015, o MBL - Movimento Brasil Livre - organizou, virtualmente, diversos protestos que se efetivaram nas ruas em diversas localidades do território nacional. Países que vivem em ditadura, como a China, Coréia do Norte, Síria, etc. - países indicados, em 2008, pelo site da ONG "Acervo Nova Escola" como "Inimigos da internet" - fazem controle das vias ideológicas propagadas nas redes, controlando as informações recebidas pelos usuários. Esses, dentre outros fatos, evidenciam o potencial da internet no cenário atual, e o porquê do medo de determinadas autoridades. A BBC Brasil fez uma pesquisa com os usuários e constatou que o Twitter é uma das principais formas de obtenção de notícias - por ser uma forma rápida e de fácil acesso. Por sua vez, o Facebook é um dos maiores articuladores de movimentos, já que encurta distâncias, aumentando o âmbito do debate e diversificando as idéias. Além disso, a internet ainda aproxima determinadas áreas que na teoria deveriam se interrelacionar, mas não há tanta transparência quanto devia. É o caso da comunicação entre a Câmara do Senado e a população, que achou na internet uma forma de melhorar essa falha, valendo-se de contas em redes sociais para mostrar tudo que está sendo feito e as decisões tomadas. A facilidade e rapidez na obtenção e propagação de informações instigam o pensamento, a dúvida e a crítica, que por sua vez se tornam as premissas da ação. Mesmo que a mistura desses três fatores não gere uma passeata de milhares de pessoas em vias públicas ou a invasão de prédios do governo, uma coisa é certa: ela dá informação. E o conhecimento liberta. Portanto, observa-se que a internet tem um potencial enorme, instigando as pessoas a mudarem sua realidade, mesmo que sentadas à frente de um computador, somente externando sua insatisfação e contribuindo com o debate de novas ideias que podem ser melhores analisadas pelos seus representantes - que também fazem uso dessa ferramenta. Ou seja, a população contribui de forma ativa, mesmo indiretamente.