Título da redação:

Ecos da Liberdade

Proposta: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 11/10/2016

No limiar da contemporaneidade, o ciberativismo se configura como uma nova possibilidade de protesto. Nesse sentido, a liberdade de expressão e a facilidade comunicativa proporcionadas pelas redes sociais é catalizadora de levantes contra os problemas sociais. Não obstante, o espaço online fomenta, por vezes, posicionamentos irredutíveis, de modo que o aprendizado e o intercâmbio de ideias sejam obstaculizados. Do Cilindro de Ciro, perpassando pelas Revoluções Burguesas, até a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a liberdade de expressão nunca fora tão plena quanto atualmente. Tal advento se deve, primordialmente, a facilidade comunicativa que as plataformas sociais possibilitaram aos internautas. Diante desse panorama, a voz cívica se tornou força motriz de mudanças político-sociais como a queda das ditaduras na África e Ásia, assim como as manifestações brasileiras contra a corrupção. Assim, fica evidente que o ciberativismo promoveu mudanças que ultrapassaram o âmbito virtual e ecoam no lócus social. Ao passo que as redes sociais engendraram mudanças, parte de seus usuários não estão dispostos a trocar conhecimentos e aprender com as divergências. Para o sociólogo brasileiro Roberto da Matta, a internet fomentou uma geração de interlocutores de si próprio cujos ouvidos são tampados para o que não lhes convém. Tal posicionamento ilustra, portanto, a barreira estabelecida entre diferentes opiniões , o que impede o enriquecimento intelectual e amadurecimento dos internautas. Parafraseando o escritor Lima Barreto, o pleno potencial cidadão é exercido através da voz popular. Partindo dessa verdade, é condição “sine qua non” para a promoção da liberdade expressiva, a perpetuação das redes sociais como espaço de construção, reformulação e exposição de opiniões. Para tanto, é necessário que as Estado, com seu poder abarcativo e socializante, insira nas escolas o uso consciente e responsável das redes sociais, como forma de transformá-las em um meio de conhecimento. Ademais, é de uma importância que as mídias sociais desenvolvam espaços virtuais destinados à discussões coletivas e ao ativismo, com o fito de positivar um dos mais recentes direitos sociais: A liberdade de expressão.