Título da redação:

Ciberconscientização

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 31/07/2016

O ciberativismo configura atualmente, com o crescente uso das redes sociais, uma das formas de manifestação mais impactantes na sociedade. No Brasil, por exemplo, ocorreu o protesto contra o aumento da passagem do transporte público, sendo organizado via internet levou milhões de pessoas as ruas. Entretanto, deve-se ter um olhar mais tênue e analisar dois aspectos principais: como essa forma de protesto ajudou a melhorar o exercício da cidadania e de que forma está gerando um maior isolamento das pessoas. Não só o mundo, cada vez mais, vem se modernizando e tornando-se tecnológico, mas também as formas de protestar. Essas passaram das famosas panfletagens nas Diretas Já para o mundo virtual, onde tomaram proporções gigantescas. Segundo o escritor Sandor Vegh, as estratégias de utilização da internet para o ciberativismo objetivam aprimorar a atuação de grupos, ampliando as técnicas de apoio. Uma das mais célebres ilustrações do ciberativismo ocorreu na Tunísia, uma simples carta foi compartilhada milhares de vezes e fez eclodir a Primavera Árabe a qual derrubou diversos ditadores pelo Oriente Médio. Em contrapartida, é notório que essa mesma facilidade de mobilização está causando um maior isolamento das pessoas. A tela do computador converteu-se em um mundo particular para muitos, nele o indivíduo não dialoga ou discute apenas compartilha o que acha certo (caracterizando um falso ativismo). Dessa forma, a causa defendida só atinge um de seus aspectos primordiais: a divulgação, e a outra que é a conscientização e formação crítica se perde ao longo da rede de informação. Por isso que vários movimentos não atingem seu objetivo e logo sucumbem. Fica claro, portanto, que as manifestações via internet tornaram-se mais expressivas e de fácil organização, assinalando uma das melhores formas de revolucionar as estruturas do século XXI. Mas, essas só atingiram seu ápice quando ocorrer a conscientização dos internautas para um pensamento mais crítico. As ONG’s, por serem consideradas pioneiras, poderiam observar mais de perto as manifestações, dando suporte e consultoria. A mídia poderia enfatiza-las informando os objetivos e reivindicações das mesmas. E por fim, a família e a escola devem incentivar os jovens a irem as ruas ou redes sociais expor e defender seu pensamento pois mobilizações sociais também são formas de tornasse um cidadão melhor.