Título da redação:

Ciberativismo no Brasil

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 10/02/2017

Ativismo, segundo o dicionário Aurélio, é a atitude moral que insiste mais nas necessidades da vida e da ação que nos princípios teóricos, ou seja, não é apenas uma mera especulação. Portanto, o ciberativismo não passa de “clicks” na internet, que dificilmente possam mudar uma situação real já que, na maioria das vezes, só causa intolerância em relação àqueles que pensam diferente. Ainda que muitas pessoas acreditem que estão fazendo grandes revoluções com suas ideologias pelas redes sociais, percebe-se que , cada vez mais, apelos políticos , religiosos, feministas, entre outros, só estão desenvolvendo opiniões preconceituosas e intolerantes sem fundamentação. Em 2014, por exemplo, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, foi violentamente agredida e morta por uma multidão em Guarujá-SP, depois de ter um retrato falado divulgado pela internet afirmando que ela sequestrava crianças e realizava rituais de magia negra. Soube-se , depois, que era inocente e ,devido ao fato ,até um projeto de lei passou a vigorar para crimes na internet. E desta forma agem os que se dizem ciberativistas: divulgam e defendem uma ideia sem ter conhecimento verdadeiro sobre ela, criando, assim, uma corrente de teorias sem critérios ou fontes seguras de informações. Ademais, outros crimes são disfarçados diariamente de ciberativismo. Pessoas discutem suas posições como se, para a internet ,as leis não tivessem validade, posicionando-se abertamente como sendo extremamente contra ou a favor de determinados grupos , como o LGBT , por exemplo, instigando o ódio e fazendo com que outras pessoas achem isso normal, e também estas acabam aderindo ao mesmo discurso. Portanto, para amenizar este problema, onde as pessoas, comodamente expressão opiniões sem conhecimento de causa, leis como a referida anteriormente, chamada lei Fabiane de Jesus - a qual pune as pessoas que se dizem ativistas pela internet, mas que na verdade são ,na maioria das vezes, apenas propagadores do ódio- devem ser rigorosamente aplicadas. Outra possiblidade é criação de normas que obriguem as redes sociais a ter filtros em palavras que possam dissimular o verdadeiro ativismo, ou seja, sempre que ter postagens relacionadas à homofobia, feminismo, política ou qualquer outro assunto que possa gerar polêmicas, sejam obrigadas a disponibilizar uma equipe especializada em analisar as postagens antes de suas publicações.