Título da redação:

Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Proposta: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 29/07/2016

A Internet tem um papel cada vez mais importante na vida das pessoas. Se destacando entre os demais meios de comunicação, ela tem atendido a diversos propósitos, dentre os quais está, supostamente, o de possibilitar à população o exercício da cidadania por meio da defesa de relevantes causas de cunho político-social. Tornou-se comum que o ambiente virtual seja usado para fazer reivindicações e organizar mobilizações, e tal prática é denominada ciberativismo. Diante dessa realidade, é levantada uma importante questão: estaria a rede mundial de computadores funcionando, realmente, como uma ferramenta de protesto ou, na verdade, afastando as pessoas de uma atuação real, que foi substituída pela atividade exercida através de site e redes sociais? Em meio a essa discussão, são fatores que contam a favor da internet o alcance que têm as informações e a velocidade com que são propagadas através da rede. Graças a tais características, é possível fazer discussões, debater temas, avaliar diferentes opiniões e recrutar um grande número de pessoas em um curto intervalo de tempo, fazendo com que as causas defendidas ganhem repercussão, o que impacta diretamente no número de adeptos de determinado movimento. Por outro lado, não se pode achar que a atuação via internet é suficiente e exaure todas as possibilidades de exercício do diálogo e da cidadania. De nada adianta discutir um tema no ambiente virtual e conseguir um grande número de adeptos se as ações concretas, como as manifestações de rua, não ocorrerem, pois são elas que dão relevância e visibilidade ao movimento e, consequentemente, à causa que o originou. Tendo em vista os aspectos observados, é inegável reconhecer o ciberativismo como uma importante ferramenta de protesto que proporciona maior alcance às informações e facilita a participação popular e a organização de mobilizações e que deve, portanto, ter seu uso com esse fim incentivado. É necessário, no entanto, ampliar as formas de atuação, não as restringindo apenas aos debates e discussões virtuais, mas sim realizar ações concretas para defesa das causas defendidas. Por fim, cabe aos educadores e aos pais a tarefa de orientar os jovens para formar cidadãos conscientes quanto ao uso das novas tecnologias enquanto exercem plenamente sua cidadania.