O ativismo é uma forma de lutar por direitos. No entanto, com a disseminação dos meios de comunicação na sociedade, a internet e seus derivados (as redes sociais), surgiu uma nova modalidade de reivindicar, o ciberativismo, sendo este praticado, em sua maior parte, por jovens. Dessa forma, o fácil acesso, a versatilidade, e a rapidez na disseminação de informações, possibilitaram que, em muito pouco tempo, fossem organizadas grandes manifestações. É importante pontuar, de início, que as manifestações ocorridas em junho de 2013, no Brasil, período que marcou a história do país, é um mero exemplo de como o ativismo cibernético influenciou, e influencia, na cidadania e na política brasileira. Contudo, esse meio também exerce importante atuação na formação do jovem, envolvendo este em importantes discussões para com o meio social e, consequentemente, despertando um espírito revolucionário neste, que não se contenta com a mesmice, e tornando-se importante peça no desenvolvimento da nação. É fundamental pontuar, ainda, que embora o ciberativismo seja uma ferramenta imprescindível para as transformações na sociedade, o fato de na maioria das vezes causar um comodismo nos cidadãos, enfraquecendo os movimentos sociais e impedindo que ações concretas sejam realizadas, mostra que esse meio necessita de uma real obrigação de mudança, sentida pelos ciberativistas, para assim ser colocado em prática a manifestação, saindo das redes sociais, pois, sem isso, não haveria ao menos um pequeno arranhão na superfície do problema. Outrossim, quando os ativistas reúnem-se em grupos que pensam de uma única forma, ou seja, pensam que sua ideia é certa e não permitem contestações, não há o confronto honesto de concepções, assim o ciberativismo se torna uma religião política, não abrindo espaço para outras forma de compreender aquele problema. Fica evidente, portanto, a importância do uso da internet para reivindicar. Nesse contexto, é necessário o envolvimento da escola diante desse assunto, promovendo a sociabilidade, quando articula discussões na sala de aula, discutindo sua importância e seu grau influenciabilidade que aquele ato ativista exerce no país. Além disso, é importante que os pais, ao invés de serem omissos, devem procurar conversar com seus filhos e entenderem que também podem ser ativistas, contribuindo para a melhoria da sociedade.