Título da redação:

A Polarização Ciberativista

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 28/07/2016

Nos dias de hoje, discussões sobre o rumo socioeconômico do país dentro de redes sociais vêm se tornando cada vez mais comuns. Entretanto, contrapontos que deveriam ser argumentados em prol de uma sociedade melhor estão se tornando polarizados, fazendo com que estas conversas políticas se tornem futebolísticas e prejudicando ainda mais o rumo do assunto. Sendo assim, como esse tipo de debate cegamente ideológico piora a situação interna das relações governamentais do Brasil? E mesmo que esse problema seja resolvido, há uma eficiência “ciberativista”, considerando o tipo estereotipado de pessoa que usufrui deste recurso? Em primeiro lugar, a falta de organização ou a disputa irracional que a maioria expressa na internet vem como resultado de nossa jovem democracia. Desta maneira, é normal haver um extremismo ideológico dentro das relações interpessoais, mesmo que isso seja prejudicial ao rumo cujo estamos tomando. Não ignorar ideias contrárias a sua vertente de reflexão é algo essencial para conseguir uma real efetividade politica, pois só assim teremos uma compreensão critica que agrade a maioria e seja palpável para nossa sociedade, considerando a pluralidade social e econômica do território brasileiro. Em segundo lugar, a concretização dos pensamentos “ciberativistas” é incomum em nosso país. As pessoas estão acomodadas por trás de seus celulares e se esquecem de buscar um caminho para poder expor suas ideias a seus políticos, que representam o povo dentro de nosso sistema governamental. Por este motivo, quase nunca vemos nossos parlamentares se importando com os discursos críticos que são expostos nas redes, e isso desencadeia cada vez mais uma singularidade exclusiva dentro das decisões tomadas na câmara dos deputados, inibindo assim um dos princípios de participação popular da democracia. Desta forma, desenviesar raciocínios polarizados e buscar um caminho para refletir suas convicções de maneira factual e abrangente são processos cruciais que devemos realizar. Para isso, em curto prazo, o Governo Federal e o MEC (Ministério da Educação) devem criar um site para que a população possa debater e propor projetos de leis que venham a ser analisados por pessoas qualificadas e responsáveis pelos sistemas transitório de informações internas da câmara, fazendo estas criticas chegarem até os nossos representantes. Em longo prazo, os mesmos órgãos em conjunto a instituições particulares de ensino devem estabelecer materiais específicos não curriculares que demonstrem a real importância da participação social dentro da politica, distribuindo o mesmo para as salas de aula ou disponibilizando-os em sites especializados para este assunto.