Título da redação:

A internet como meio de ativismo

Proposta: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 26/10/2016

A internet se tornou o principal meio de comunicação mundial. Através dela, as pessoas compram, jogam, trocam informações e, cada vez mais, constroem movimentos dos mais variados assuntos: o conhecido ciberativismo. Porém, vale questionar o quanto essa forma de ativismo, de fato, se caracteriza como ferramenta de protesto e qual sua real influência. Proposta por Herbert McLuham, a teoria da Aldeia Global, na qual a web se faz responsável por integrar as pessoas, se efetiva a cada dia. Essa interligação tem sido o berço e o lar de milhares de manifestações. Com a possibilidade da troca instantânea de informações e facilidade de estar conectado, os grupos ganham visibilidade e conquistam mais adeptos. Aos poucos, pessoas de diferentes lugares se unem em prol de um mesmo ideal. Confirmam, assim, a rede como um importante ambiente de protesto. Entretanto, dado o conforto e a fluidez da tecnologia, as manifestações físicas se perderam. Mobilizações como as Diretas Já e os Caras Pintadas são cada vez mais raras. Com isso, vários grupos não atingem os seus objetivos, pois muitas reivindicações morrem em posts do facebook, sem terem o impacto necessário. É importante ressaltar, também, que justamente por essa fluidez muitos movimentos têm sua imagem facilmente degradada, pois certos integrantes, ao fundirem suas ideias aos ideais do grupo, Transmitem informações erradas. A exemplo, o movimento Hippie, que, em verdade, difundiam os ideais de paz e amor, foi associado a sexo e drogas. Vê-se, portanto, que apesar de um importante ambiente de processo, a internet deve ser utilizada com cuidado. É recomendável, antes, um comprometimento da sociedade, em buscar a origem e veridicidade do que encontra na web. Além disso, que as escolas ensinem os seus alunos sobre movimentos históricos, como Farroupilhas e as Diretas Já, passando-lhes a importância da luta pelos seus direitos, além do respeito para com pessoas de ideias contrárias. Essas ideias, difundidas pela mídia, inclusive as próprias redes sociais, se fazem fundamentais na construção de indivíduos mais éticos e autoconscientes.