Título da redação:

À espera da verdade, tudo flui

Proposta: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 27/07/2016

Durante a História, no auge do Totalitarismo, Hitler, fundador do Nazismo, usou como ferramenta: a propaganda. Movida de cunho ideológico, ele objetivou formular um viés nacionalista e construir uma identidade, para a Alemanha, o qual pudesse compensar a população de um contexto humilhante, depois da Primeira Guerra Mundial. Contudo, correlacionado ao cenário brasileiro, analisando o atual contexto, percebe-se que tal ferramenta usada por Hitler é constante, porém utilizando outros meios. Assim, as pessoas usam as redes sociais, como instrumento de propagação, para divulgar suas reivindicações, intolerâncias e opiniões, por questões diversas. Nesse sentido, é importante indagar os meios que permeiam para a onda de protestos e os fatores que agregam para as falsas indagações vistas no país. É fundamental observar que, os problemas socioculturais, políticos e econômicos, não são esquecidos pelos olhos da população. Tomando como base a sociologia de Émile Durkheim, ao afirmar que problemas sociais seriam resolvidos consciente e coletivamente, com base no conceito de solidariedade social, nota-se que as pessoas, diariamente, estão sempre fiscalizando e indagando sobre as situações cotidianas, através de redes de comunicação. Para comprovar tal pressuposto, evidencia-se a notícia, em 2015, a loja Zara, uma rede de lojas de roupas, que começou a fiscalizar severamente as produções nas suas oficinas, em favor da reposição, logo após a uma crítica na internet, por uma trabalhadora estrangeira vinda para o Brasil, reafirmando o papel da população como agente delator dos problemas sociais. É imprescindível admitir, em contrapartida, que há casos que denúncias feitas são errôneas e inexatas. Isso acontece porque com a volatilidade das informações, conteúdos expostos, podem ser desviados, por ideias mal-intencionadas. Diariamente, uma vez que com o progresso das redes ao disponibilizar fontes e assuntos diversos, vê-se que nem sempre a fonte é segura. Prova disso é a Radiografia do Crime que expõe, em jornais das emissoras de tevê, mensalmente, dados percentuais de 18% a 30%, referente à manipulação das informações, feitas por hackers, em que pessoas são vítimas do usufruto, corroborando para uma insegurança, às vezes, nas redes. Compreende-se, então, que o acesso ao ativismo digital, em meio às redes de comunicação, nem sempre é seguro, podendo ocasionar consequências. Dessa forma, para atenuar o problema, é necessário que o Estado, juntamente com as universidades e o Ministério da Comunicação, fomente projetos, acerca da realidade que ocorre no mundo virtual. Através de debates, por estudantes e professores de universidades dos cursos de Ciências das Computação, Ciências Políticas e Psicologia, que apresentem depoimentos, situações e problemas por pessoas que passam e passaram por mensagens falsas formuladas nas redes sociais. Além disso, o Ministério da Comunicação, promover propagandas, tanto nas ruas quanto nos meios de comunicação, para estimular a compreensão e a atenção das pessoas na hora de ler sites e páginas. Afinal, como já afirmado por Heráclito “Tudo flui e nada permanece”.