Título da redação:

A Alegria Está na Luta

Proposta: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 06/08/2016

Após grande mobilização por meio das redes sociais, o cantor Biel anunciou que iria cancelar sua carreira. O até então ídolo juvenil, sofreu grande pressão por conta de suas ações e declarações preconceituosas. Esse é apenas um exemplo de como o ciberativismo vem influenciando o comportamento e consumo da população. Contudo, a utilização da rede para protestos abre espaço para diferentes problemáticas, seja pela divulgação de calúnias, seja pela falta de coerência fora do mundo virtual. Primeiramente, é importante ressaltar o cenário atual do brasileiro em relação à política. Por sua praticidade e agilidade, as mídias sociais são cada vez mais utilizadas como meio de comunicação, o que afeta diretamente na forma como o brasileiro se comporta politicamente. Influenciados pelo seu circulo de amizades, a população propaga todo o tipo de informação, sem a preocupação com a veracidade da notícia. Com isso, essa poderosa ferramenta torna-se palco de debates recheados de discursos de ódio e desinformação, o que pode deslegitimar o verdadeiro ativismo pelo bem comum. No entanto, o poder de conscientização da rede sobrepõe-se às suas problemáticas. Segundo o pacifista Gandhi, a alegria está na luta, na tentativa e não na vitória propriamente dita. Seguindo a linha de pensamento do indiano, toda a divulgação de causas sociais é valida, não apenas por suas conquistas, mas por sua capacidade de gerar reflexões diretamente relacionadas ao comportamento da sociedade. Por outro lado, muitas pessoas acreditam que compartilhando um texto em seu perfil pessoal, já estariam cumprindo sua obrigação social, sendo que o real objetivo do ativismo é de gerar mudanças positivas por meio da aplicação de tais reflexões no cotidiano. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. De acordo com Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele, portanto, cabe ao MEC realizar palestras nas escolas e universidades que tragam o senso crítico e a importância do debate saudável para as salas de aula, além disso, é necessário que os estudantes aprendam a diferenciar notícias tendenciosas e calúnias de informações reais. Além disso, os movimentos sociais em parceria com o Ministério responsável pela causa, devem incentivar mobilizações presenciais e ações práticas no dia a dia para que o ativismo seja cada vez mais efetivo fora do ambiente virtual.