É cada dia mais evidente o distanciamento educacional brasileiro da almejada “Pátria Educadora”, lema tão sonhado por educadores e educandos comprometidos com o futuro do país. Por isso, é deveras necessária a transformação desta realidade que exigirá grande envolvimento Estatal e engajamento social sob a forma de cidadania. O governo brasileiro infelizmente despreza e negligencia o valor da educação e seu potencial transformador.Esta triste e característica foi destacada mais uma vez em 2015 através dos péssimos índices de progresso obtidos pela educação do Brasil. Alcançando, segundo a Unesco, apenas duas das seis metas definidas em 2000, o Brasil teve apontado por esta instituição internacional problemas como: a baixa qualidade do ensino, professores despreparados , alto percentual de analfabetos adultos e abandono escolar. O problema educacional se soma a falta de um decisivo conhecimento, o politico.A incapacidade de exercer a cidadania exigindo, por exemplo, o cumprimento de promessas por parte de políticos eleitos, escracha um preocupante grau de despolitização e desconhecimento de deveres fundamentais do cidadão. A cidadania, é portanto, um fundamento transformador a ser buscado, mas exige para tanto, o reconhecimento do “saber” como valoroso bem e a “ignorância” um mal que refreia o progresso evolutivo-social, conforme Sócrates, o grande pai da filosofia. Francis Bacons ao dizer: ”Conhecimento é poder”, delineou um caminho de possível transformação social o qual se funda no valor da educação. Como medida imediata, o exercício da cidadania e suas implicações devem ser inseridas como disciplina obrigatória desde o primeiro ano do ensino fundamental e, simultaneamente dever-se-á aumentar investimentos em edução remunerando melhor professores e capacitando-os a formar cidadãos plenos e capazes de servir e desfrutar com mérito seus cabíveis direitos. Toda realidade é passível de transformação, todavia é indispensável a intervenção politica e social para realizar de fato a querida pátria educadora.