O Brasil, desde o seu descobrimento, nunca foi precoce com relação à movimentos sociais e políticos. Esse fato é ruim para nações e um mal de países que deixam de investir em educação de base. O país que está hoje, entre os primeiros lugares de nações mais ricas do mundo, deixa a desejar no principal pilar de uma sociedade justa e digna, que é a educação. Um fator predominante que está ligado a esses fatos é a má distribuição de renda e o descaso do poder Executivo com a população que não possui condições e necessita de uma educação proveniente do Estado. A abolição tardia da escravidão, como também a manutenção de um regime monárquico até o Séc XIX, são fatos que mostram que o país sempre foi atrasado no que diz respeito à educação. Pois, características ligadas à noções básicas de direito, cidadania e bem-estar público estão intimamente ligadas ao quanto uma sociedade é desenvolvida intelectualmente. Logo, como uma grande parte da sociedade brasileira foi, desde o seu descobrimento, privada de educação, ela sofre até hoje com a marginalização de classes, com o conceito já adquirido de sociedade justa e com a centralização de riquezas nas mão de poucas pessoas. Porém, vendo que as escolas públicas permanecem deixando a desejar, com professores desvalorizados e más condições de organização e do sistema educacional, o governo assume que a sua educação não é de primeiro mundo e cria o programa de cotas para alunos negros e índios e de escolas públicas em universidades públicas e programas de financiamento estudantil (FIES), para tentar diminuir o abismo que há entre a educação pública e a privada como também a dissiparidade de classes proveniente desde sua formação étnica. De uma maneira geral, o Governo acerta ao assumir defeitos e contextos históricos que não favorecem a todos, porém, em vez de planejarem metas paliativas e relativamente numéricas, deveriam investir a longo prazo na educação fundamental pública para ganhar um futuro menos dependente tecnologicamente de outras nações. Portanto, apenas investimentos voltados ao acesso do estudante à Universidades Públicas e Privadas não são o suficiente. Para mudar de vez o cenário educacional brasileiro, se faz necessária uma total mudança no modelo educacional de base, buscando as crianças desde os primeiros anos de estudo. Além de conscientizar os pais das mesmas, da importância financeira, tecnológica e cultural que uma educação assistida e influenciada pelos pais tem. Como também, manter vigentes os programas cotas para negros e índios, para estreitar problemas históricos vivenciados ainda hoje no Brasil. Tudo isso ocorrerá para que o Brasil seja considerado literalmente um Pátria Educadora.