O Ideb é o índice que avalia o desenvolvimento da educação básica brasileira. Iniciado em 2005, o mesmo apresenta crescimento anual e sempre acima da meta do governo. Em contrapartida, 8 em cada 10 alunos que concluíram o ensino fundamental não aprenderam o adequado em matemática. Esse é o paradoxo da educação contemporânea brasileira que para o governo teve suas expectativas alcançadas. Dessa forma, é necessária uma maior intervenção do Estado na educação básica com uma mudança na gestão e fiscalização dos recursos públicos para que o título de pátria educadora possa ser relacionado ao nome Brasil. A educação básica é o caminho para o progresso do indivíduo e da sua nação. O Brasil precisa retirar essa frase do papel e aplicar nas escolas. Com nota 4,9 no Ideb 2013, o país apresenta seu índice muito abaixo quando comparado com países desenvolvidos, como por exemplo a Holanda, com nota 7. Além disso, telejornais evidenciam falta de estrutura escolar, com banheiro inadequado, área de lazer precária e escassez na segurança. Somado a isso, crianças percorrem no nordeste vários quilômetros para chegar até a escola e professores decretam inúmeras greves no ensino público. Essa é uma realidade que perdura por anos, e desde 2005 não tem sido diferente. Por outro lado, recursos são disponibilizados e os benefícios não são visualizados na carteira escolar do estudante. Em 2015, o FNDE, Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação, transferiu cerca de 400 milhões para apoio a alimentação e ao transporte escolar em municípios e estados de todo o país. Mesmo assim, alunos passam fome no Maranhão, e correm risco de morte ao atravessar um rio no Norte do país para poder estudar. Essa realidade fez-se nascer um projeto Lei, o qual solicita transferência para a União, da responsabilidade sobre a educação básica. Espera-se que o gerenciamento deste recurso não esteja apenas modificando de gestor, mas sim a busca por um novo formato que possa refletir positivamente dentro da sala de aula. Desta maneira, a educação contemporânea brasileira encontra-se distante do esperado pela sua comunidade. Cabe ao Estado mudar a gestão dos recursos públicos, retirando autonomia dos estados e municípios. Criar órgãos de fiscalização para garantir que as ações do planejamento e que os recursos destinados estejam sendo aplicados de forma correta na estrutura física e pedagógica do ensino fundamental e médio. A mídia, através dos telejornais e rádios continuar explorando e denunciando as situações vivenciadas por professores, pais e alunos nas redes escolares. As novelas, mostrar o poder da educação no desenvolvimento pessoal e profissional. Ao individuo, cabe ser ético, preservar a estrutura escolar existente, conhecer seus direitos e deveres e lutar pelo mesmo de forma civilizada. Assim, a centelha de uma pátria educadora será disparada.