Segundo os ideais de Paulo Freire, filósofo e educador brasileiro, a educação é um poderoso utensílio gerador de transformações sociais e sua ausência implica na inexistência do progresso. Nesse sentido, é perceptível que o atual cenário de decadência do sistema educacional no Brasil é fruto da baixa valorização dos profissionais da área, além do pouco envolvimento do Estado em proporcionar a melhor qualidade de ensino para sua população. Convém ressaltar, de início, a importância de uma estrutura física em boas condições para atender a demanda educacional, sendo que, segundo a UnB –Universidade de Brasília- somente 1% das escolas brasileiras possuem a infraestrutura ideal para atender com qualidade os alunos. Dessa forma, tais características produzem um corpo discente disperso e com dificuldade de aprendizado, o que, segundo uma pesquisa do MEC, nenhum estado atingiu a meta do IDEB em 2017. Em segundo plano, é cabível evidenciar a desvalorização dos profissionais da educação, o descaso proveniente por parte do Estado, que persiste em manter um piso salarial incompatível com o seu trabalho desafiador, e o reflexo direto desse ato é explanado em sala de aula. De fato, pessoas que não são remuneradas adequadamente estão propícias a desenvolverem uma espécie de desestímulo em relação à tarefa realizada cotidianamente, neste caso, lecionar. Nesse sentido, portanto, percebe-se que é necessária uma intervenção na área educacional do Brasil. A começar pela melhoria nas infraestruturas das escolas, a Secretaria da Educação deveria tornar o ambiente escolar um local onde o aluno e profissionais se sintam confortáveis, para isso a realização de reformas são importantes, além da conscientização dos que ali frequentam em manter o espaço sempre preservado com o objetivo de melhorar a qualidade de ensino e aprendizado. Além disso, a maior valorização do profissional também é importante, começando pelo ajuste salarial adequado, tal ato os incentivaria a exercer o seu trabalho com mais maestria, auxiliando, por fim, a transformar o Brasil, de fato, em uma pátria educadora, onde haja maiores transformações sociais, como disse Paulo Freire