Um dos grandes desafios relacionados à garantia da qualidade da educação é o de promover a permanência e a aprendizagem dos alunos nas escolas. Tanto em tempos mais remotos como os dias atuais a educação era e é privilégio de apenas uma classe, a dominante, e nem todos tinham e tem a possibilidade de ter educação. Com isso, surge a problemática dos desafios da educação que cresce intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de investimentos, seja pela falta de preparo de profissionais que deveriam exercer suas funções. É ineludível que a falta de atenção de órgãos governamentais em torno da educação pública, reproduz nas taxas de reprovação, analfabetismo e crianças não matriculadas nas escolas um crescente descaso que agrava-se nas regiões mais pobres. Segundo pesquisas realizadas pelo Inep, de cada 100 alunos matriculados no Ensino Fundamental, apenas 53 conseguem concluí-lo, levando a avaliar que mesmo tendo capacidade de melhorar o ensino de milhares de crianças e adolescentes, a gestão não tem favorecido o lado que realmente precisa. Países desenvolvidos têm instituições especificas à formação de professores. No Brasil, o profissional aprende o conteúdo que precisa ensinar, mas não aprende especificamente didática e pedagogia. De acordo com Durkheim, o fato social é maneira coletiva de agir e de pensar. Ao seguir tal linha de pensamento, outro agravante é que o professor aprende a lidar com apenas uma linha homogênea de aluno, longe da realidade que segue a heterogeneidade de culturas e pensamentos sociais e econômicos. Objetivando valorizar a educação como um todo, é preciso que o Estado promova práticas pedagógicas coerentes com seus alunos e que os próprios profissionais sejam valorizados. Mas também parcerias tanto privadas como governamentais, podem criar novos meios para proporcionar melhor aprendizado e aumentar a entrada e saída de crianças e adolescentes formadas tanto no ensino fundamental como médio.