Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 12/06/2016

A educação sempre foi um desafio na história brasileira. No Brasil Colônia, além de a educação ser um privilégio para as elites, ela não era tida como prioridade, visto que estavam preocupados em criar um Estado Nacional e produzir. Passado tanto tempo, hoje o governo está preocupado com os números das taxas de alfabetização, e não com a sua qualidade. Mas, um dos principais desafios perante essa qualidade é o descaso com a profissão de docente, o que causa o seu desinteresse e afeta diretamente a educação do país, sendo necessária a mudança imediata dessa postura para garantir o desenvolvimento nacional. Dessa forma, enquanto dados do Censo 2010 apontam que 91% da população brasileira a partir dos dez anos de idade são alfabetizados, uma pesquisa feita pelo Instituto Paulo Montenegro, junto à ONG Ação Educadora, mostra que apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são capazes de se expressar e compreender plenamente. Isso mostra que, hoje, ser alfabetizado no Brasil não significa dominar pontos básicos para uma comunicação efetiva, evidenciando a precariedade e o desinteresse de profissionais com altos níveis de qualificação em trabalhar na rede pública. Além de não existirem grandes possibilidades de progressão na carreira dentro dessas instituições, junto à falta de infraestrutura básica para atender tanto alunos quanto profissionais, os salários não vão muito além do piso salarial de R$2.135 do professor. Com isso, docentes dos mais variados níveis de ensino possuem remunerações muito próximas, se não iguais, fazendo com que prefiram tanto escolas quanto universidades privadas, onde sentem que o salário é mais justo, tendo em vista os anos de investimento em cursos da área que enriqueceram seus currículos e suas experiências, além de encontrarem melhor qualidade de trabalho e se sentirem mais valorizados. Por conseguinte, faltam cerca de 170 mil professores na educação pública do país, que não se sentem atraídos e nem motivados com o trabalho. A falta desses profissionais na rede pública afeta, de maneira direta e ampla, uma grande parcela dos brasileiros, visto que a maior parte da população depende dessas instituições estatais, que acabam tendo suas aulas interrompidas diversas vezes em consequência da falta de docentes para cobrirem os cargos. Isso tem efeitos negativos na economia do país, visto que os brasileiros acima de 25 anos, principal força produtiva nacional, apresentam grandes limitações em suas formações escolares, assim como jovens de 15 a 24 anos, que dependem da melhora da educação para que possam contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país futuramente. Portanto, torna-se necessário um maior investimento na educação por parte dos governos estaduais, aumentando, na medida do possível, as verbas para a ampliação das infraestruturas nas escolas. Além disso, a diferenciação dos salários dos professores, de acordo com seus níveis de graduação, deve ser garantida pela rede pública, possibilitando a progressão na carreira desses profissionais e tornando o ensino público mais atrativo. Por fim, seria interessante a criação de processos seletivos mais rigorosos, em que provas e testes ajudariam a selecionar melhor os candidatos, junto ao fornecimento de cursos de extensão gratuitos para esses docentes enquanto lesionam na rede pública, a fim de expandir seus conhecimentos. Dessa forma, profissionais seriam motivados, garantindo um ensino de qualidade e contribuindo para o desenvolvimento do país.