Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 26/03/2018

Segundo preconiza a Carta Máxima, a Constituição Federal de 1988, a educação é dever do Estado, devendo ele promovê-la de modo inclusivo e satisfatório quanto ao padrão de qualidade. Nesse ínterim, a partir da década de 80, a educação pública passou a ser oficialmente obrigatória, fato esse que democratizou o acesso a ela. No entanto, infelizmente, essa expansão não foi acompanhada de uma melhora na didática. Sendo assim, é importante que a sociedade discuta sobre os investimentos na educação brasileira com foco no ensino básico, já que a falta de qualificação de alguns docentes e a escassez de políticas públicas eficientes dão causa à dificuldade de melhora nesse cenário. Sob um primeiro enfoque, é necessário citar o despreparo de alguns professores para o ato de lecionar, seja devido à formação acadêmica insuficiente, seja pela falta de incentivo financeiro ao aprimoramento. Nessa perspectiva, dados do Censo Escolar de 2015 apontam que 24 por cento dos docentes que atuam no ensino básico não possuem nível superior. Desse modo, é de se notar uma obsolescência didática do profissional em sala de aula, visto que as tecnologias disponíveis atualmente e as novas descobertas nos mais diversos ramos do conhecimento requerem um aprimoramento constante. Outrossim, a ausência de uma remuneração digna, muitas vezes, acaba por impedi-lo de buscar uma melhor qualificação. Dessa forma, é necessário que haja tanto um incentivo aquisitivo quanto a exigência, por parte dos setores responsáveis, de que os profissionais estejam atualizados. De outra parte, mas não menos importante, é mister notar o pouco investimento estatal na educação básica. Nessa esteira, conforme dados divulgados pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) o Brasil possui o mesmo nível de aplicação de recursos públicos em um aluno do ensino superior que a Europa, enquanto o discente da rede básica encontra-se entre os últimos colocados no ranking mundial nesse quesito. Cabe ressaltar, que esse abandono da formação inicial tem como consequência um reduzido ingresso de alunos no ensino superior devido ao despreparo deles para o ingresso na universidade, sendo que tal situação, distorce ainda mais os problemas da desigualdade no Brasil ao dificultar a melhora na formação do jovem. Tal fato, alerta para urgente reestruturação das políticas públicas governamentais, de formas a tornar mais equânime a distribuição dos recursos entre os diferentes níveis de ensino e elevar, por conseguinte, o padrão do ensino primário no país. Impende, pois, que medidas sejam tomadas visando uma melhora do investimento na educação brasileira. Logo, deve haver uma reformulação das políticas de repasse das verbas públicas destinadas para a educação, por meio da atuação do Ministério da Educação em parceria com os governos federal, estadual e municipal para que haja uma menor discrepância no acesso aos recursos, esses que podem até mesmo corrigir o piso salarial dos professores a fim de permitir que eles realizem capacitações via plataformas EAD ou presencialmente, melhorando assim a qualidade em sala de aula. Só assim, a tão nobre missão da Carta Magna estará mais perto de ser concretizada em sua plenitude.