“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Segundo Paulo Freire, a educação é uma das ferramentas necessárias para solucionar as máculas do Brasil, no entanto mesmo possuindo tamanha importância, o ensino no País ainda é negligenciado e desvalorizado pelo Estado Nacional e pela sociedade civil brasileira. Verdadeiramente, o cenário da educação no Brasil é deplorável, uma vez que os principais protagonistas da construção de um país desenvolvido –os professores –são desmotivados e desvalorizados. Isso se deve, principalmente, aos salários baixos que são incompatíveis, muitas vezes, com a importância do ofício prestado, e ao aumento do índice de violência em muitas escolas municipais e estaduais, onde inúmeros alunos ameaçam e desrespeitam professores, geralmente, com agressões morais e físicas. Aliado a isso, a educação básica do País, principalmente das escolas públicas, não recebem recursos e materiais suficientes que proporcionem uma aula interdisciplinar, segundo os parâmetros do Exame Nacional do Ensino Médio, com o uso de bibliotecas e laboratórios de ciências e de informática. Consequentemente, diante dessa realidade, o lema “Brasil: pátria educadora” torna-se cada vez mais difícil de ser concretizado no País. Sob outra ótica, é válido pontuar que o sistema de ensino do Brasil enfrenta entraves referentes à falta de motivação dos alunos em prol de obter um futuro promissor por meio da educação. Tal fato ocorre, sobretudo, em razão do irrisório apoio familiar recebido pelo estudante, pois muitos pais desconhecem a importância de um acompanhamento da vida escolar do filho. Além disso, a composição curricular da educação ainda é veementemente tradicional, pois prioriza, muitas vezes, conteúdos que pouco se relacionam,na prática,com o cotidiano do aluno. Por conseguinte, é cada vez mais recorrente o número de alunos que evadem a escola e optam por empregos mal remunerados, o que contribui para o estabelecimento de uma estagnação educacional e, a longo prazo, econômica no País. Destarte, é mister,inicialmente, uma pressão social por parte da população para que o Governo Federal aumente a quantidade de verba destinada à educação.Em seguida, cabe ao Ministério da Educação direcionar,principalmente para as escolas públicas,recursos,como livros didáticos e paradidáticos para serem formadas novas bibliotecas e equipamentos tecnológicos,como computadores,microscópios e lousas digitais, a fim de ampliar a qualidade do ensino do País e ainda despertar o interesse dos alunos.Ademais,faz-se necessária a reavaliação da remuneração dos educadores do Brasil pelo Governo Federal,com o fim de os motivar para o exercer essa árdua profissão. Outra proposta viável é o acompanhamento dos alunos pela instituição escolar, com o fito de identificar problemas, até mesmo, relacionados à violência ao professor para que o agressor seja identificado e receba orientação psicológica. Por fim, é papel das escolas promoverem debates, fóruns e campanhas que aproximem os pais da vida escolar dos filhos, com o fim de esclarecer a importância da assistência familiar.