A educação é uma instituição social fundamental para a formação de um indivíduo e para sua vida em sociedade. A escola auxilia na socialização, é essencial para a futura entrada do indivíduo no mercado de trabalho e é o alicerce para o exercício da cidadania. No entanto, mesmo com tamanha relevância, não é tida pelo Estado brasileiro com a importância e prioridade que demanda. Segundo a OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – o Brasil ocupa o vergonhoso 60° lugar, numa lista de 76 países, no ranking de qualidade de educação, em uma avaliação cujo alunos na faixa etária dos 15 anos são avaliados em matemática, leitura e ciências. No entanto, a tragédia da educação brasileira não se restringe apenas aos ensinos fundamental e médio. Fatores como aulas em prédios malconservados e ambientes pouco estimulantes, professores em número insuficiente, com baixos salários e que contam com poucos recursos didáticos auxiliam na posição do Brasil no ranking supracitado. Todavia, no ensino superior, por exemplo, a situação não é diferente. O sucateamento das universidades federais fá-las entrar em constantes greves, como a ocorrida no final de 2015, que perdurou por cinco meses e reivindicou a incabível falta de investimentos na educação do país. É notório, portanto, que todas as fases do ensino brasileiro sofrem com a intolerável falta de investimentos. Cabe ao governo tratar a educação como prioridade e aumentar os repasses à educação, básica e de nível superior, melhorar a infraestrutura de escolas e universidades e remunerar os profissionais de ensino de forma condizente com a importância de seus trabalhos. À sociedade, cabe reivindicar seus direitos, juntando-se aos professores em greves, para mostrar que a insatisfação com a educação é de toda a sociedade. Somente desta maneira o acesso à educação de qualidade, previsto na constituinte, será verdadeiramente cumprido.