De maneira análoga a formação das rochas sedimentares, a educação de uma sociedade é consolidada de forma lenta e gradual. Ao contrário do que uma maioria pensa, a educação do cidadão não é dever apenas da escola, ela deve ter início dentro de casa, com a família, e depois passar por instituições acadêmicas, afim de formar cidadãos cientes de seus direitos e deveres para com a sociedade brasileira. No Brasil, a evasão escolar é um grande desafio. Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 40% dos jovens que abandonam a escola é por falta de interesse, tal dado comprova como a falha de uma boa educação doméstica pode refletir na vida escola de um jovem, e assim, ferir a constituição do país, que deixa claro que a educação é dever não só do Estado, mas também da família. Contudo, o problema está longe de ser solucionado. Sob a ótica do pensamento Marxista, a economia é a base da sociedade, dessa forma, o indivíduo é educado já visando o mercado de trabalho e não a formação pessoal de um bom cidadão. Matérias que buscam o entendimento das relações humanas, como filosofia e sociologia, não têm muito espaço, o que contribui para a alienação dos jovens acerca da real importância da educação de uma sociedade. Segundo o pensador Auguste Comte, é necessário "ver para ver, afim de prover", nesse sentido, é possível ver as falhas no sistema educacional brasileiro e prever sua continuação, caso não haja medidas para solucionar o impasse. Assim sendo, o MEC deve instituir em escolas públicas, palestras ministradas por professores e psicólogos que promovam a discussão sobre aquilo que se pode conseguir com uma sociedade devidamente educada. Ademais, cabe ao Conselho Tutelar estabelecer parcerias com instituições de ensino, afim de dar claras orientações aos gestores de como agir em situações em que a educação doméstica falha e atrapalha a vida escolar de crianças e jovens.