Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 15/08/2017

O papel das atuais escolas passa pelo processo de formar jovens críticos e proativos visando promover uma sociedade melhor. No Brasil hodierno, o ensino se baseia, sobretudo, na preparação mercadológica, ou seja, visando a inserção dos indivíduos no mercado de trabalho e, portanto, provoca prejuízos a sociedade na medida em que forma pessoas acríticas e passivas quando se analisa certas questões sociais. Para que a educação, de fato, cumpra seu papel de formar indivíduos aptos a desenvolverem seus papéis de cidadãos éticos e autônomos, é necessário que o Estado defina e refine as políticas educativas, como também, as famílias e a sociedade civil apoiem e participem do processo educacional dos jovens. De início, vale ressaltar que a educação brasileira não deve abordar apenas a formação mercadológica em detrimento da social. Com o advento da globalização, a dinâmica do mercado de trabalho passou a sofrer recorrentes mudanças e, desse modo, erroneamente, uma grande parte das escolas visou apenas formar jovens que se adaptassem a elas. Por conseguinte, a formação ética e cidadã ficaram prejudicadas, o que se reflete em diversas situações cotidianas, como, por exemplo, nas práticas corruptas, na falta de proatividade em certas situações, entre outras. Em vista disso, nota-se que a abordagem educacional só pela perspectiva mercadológica causa prejuízos a sociedade, por isso, para que torne mais efetiva a formação dos jovens para a vida futura, é essencial abordá-la também pela perspectiva social. Em outra análise, os índices da educação brasileira são alarmantes e conflitam com os interesses de desenvolvimento do país. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil tem a terceira maior taxa de abandono escolar entre os cem países com maior índice de desenvolvimento humano, o que é reflexo daquilo que Paulo Freire, filósofo e educador brasileiro, chamou de educação bancária. Para Freire, a educação bancária é caracterizada pelo depósito de conhecimento sobre os alunos, no qual, muitas vezes, esse não é adaptado à realidade social do aluno e é imposto, sem haver um processo dialético, o que resulta em certo desinteresse pelo estudo por parte dos jovens, consequentemente causando fenômenos como o da evasão escolar. Assim, a questão do ensino está no cerne do processo de desenvolvimento do Brasil e, por isso, formular um ensino baseado na teoria freireana, isto é, participativo e adaptado às realidades sociais dos alunos, torna-se necessário para melhorar os índices educacionais no país. Destarte, percebe-se que para que o ensino no Brasil forme cidadãos éticos e críticos, é imprescindível que haja a ação conjunta do Estado com a sociedade civil. Logo, é inexorável que o Estado, por meio do Ministério da Educação, elabore projetos político-pedagógicos que sejam capazes de promover uma educação libertadora baseada na teoria de Freire, como também, garanta a educação igualitária para todo e qualquer cidadão brasileiro com o fim de estimular a participação ativa na sociedade e a proficiência dos indivíduos. Cabe à sociedade civil e às famílias apoiarem o processo educacional dos estudantes incentivando e acompanhando os seus progressos escolares e, por fim, incumbe aos gestores estaduais e municipais investirem na educação de base objetivando incentivar a posterior formação crítica dos alunos para que, de fato, tenhamos um progresso socioeducacional.