Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 05/04/2017

A educação é o principal caminho para o indivíduo exercer sua cidadania. O Estado zela por uma educação universal entre os brasileiros através da ratificação desse direito na Constituição de 1988 e pela Lei nº 9.394, que regula a educação básica. Porém, percebe-se que essas diretrizes não vêm conferindo qualidade ao ensino da forma que se gostaria. A falta de equidade nas infraestruturas e o baixo incentivo àqueles que trabalham no ramo comprometem o aprendizado e tornam o título de pátria educadora um desafio ainda a ser alcançado. Segundo Voltaire, "educar mal um homem é dissipar capitais", por isso, o dinheiro destinado às escolas de nada adianta se faltam carteiras, quadros e professores nas salas, que são recursos fundamentais para a criação de um ambiente de estudo digno. Essa situação acontece graças `maneira com que são atribuídos os gastos, na qual 80% da verba destinada ao setor é de responsabilidade dos estados e municípios, enquanto apenas 20% vem da União, detentora de majoritária parte das arrecadações de impostos, o que reduz o potencial de gastos e investimentos ao mesmo passo que cria uma disparidade educacional entre as localidades. Ademais, as péssimas condições de trabalho de funcionários determinam um desestímulo à prática pedagógica. Os professores, que em razão de receberem baixos salários, não sentem-se motivados para transferir uma aprendizagem de qualidade para os estudantes. Não deve-se deixar de lado o despreparo de muitos profissionais, conforme foi constatado pelo estudo da Fundação Getúlio Vargas que 42% dos profissionais não apresentam formação e pré-requisitos para ensinar, o que afeta diretamente a didática de competências na sala de aula. É evidente que, para certificar uma "pátria educadora" com uma decente qualidade do sistema educacional, são necessárias ações. Um maior investimento por parte da esfera federal para equiparar os recursos fornecidos às escolas possibilitaria uma qualidade de ensino mais igualitária conforme a Constituição prevê, simultaneamente a uma capacitação de professores despreparados para garantir uma maior disponibilidade de funcionários aptos a lecionar. Além disso, reportagens feitas pela mídia de forma a delatar o atual cenário da educação promoveria a conscientização da população a cobrar da classe política uma real "pátria educadora".