Embora tenha alcançado destaques no cenário geopolítico internacional – Configurando-se como um significativo exportador de commodities – o sistema educacional brasileiro é caótico e defasado.Tudo isso é decorrente de uma cultura que historicamente privilegiou o sucesso econômico material em detrimento de uma formação intelectual de qualidade ao povo brasileiro. A priori, o fato do Brasil ter sido colonizado unicamente com o objetivo de atender aos anseios capitalistas da coroa portuguesa revela que a educação sempre foi uma questão de interesse secundário as ambições políticas dos governantes brasileiros.Desse modo, o desinteresse pelo sucesso intelectual na busca pelo enriquecimento rápido como forma de atender aos padrões sociais favoreceu o repasse de continuísmos arcaicos que desvalorizam a educação, caracterizando-a como um fardo desnecessário na vida do ator social. Nesse sentido, a esfera escolar deve ministrar aulas imparciais de cunho histórico sobre o Brasil colônia, a fim de apresentar as raízes do descaso institucional da educação, além de propor, por intermédio do debate construtivo, soluções que minimizem o caos vivenciado na educação nacional. Segundo Thomas Hobbes, somente o aparato estatal é responsável por promover a homeostase no seio social com o objetivo de não ocorrer uma tirania entre os cidadãos. Apegando-se a ideia de Hobbes, o cenário educacional brasileiro se enquadra no que o filósofo denomina de barbárie social.Professores desmotivados e mal remunerados, infraestrutura escolar defasada, além da ausência de metodologias dinâmicas no seio escolar geram revolta crescente na comunidade que clama por uma educação de qualidade para sua prole.Nesse contexto, é mister a atuação das esferas governamentais - através das secretárias estaduais- que irão atuar na intenção de melhorar a infraestrutura básica das unidades escolares, com a incorporação de espaços voltados a educação artística como teatros, bibliotecas, e laboratórios de informática. Dessa forma, o governo atuará na manutenção da homeostase escolar, com a fixação dos jovens no ambiente estudantil. Destarte, o psiquiatra Augusto Cury afirma que a escola deve passar por uma revolução, atingindo todos os setores educacionais.Dessa maneira, com a intenção de concretizar tal revolução é imprescindível que a esfera social possa oferecer formação de qualidade aos educadores com a participação de psicólogos e sociólogos, na intenção de formar devidamente o indivíduo para a convivência na sala de aula bem como promover uma maior fortalecimento nas relações envolvendo aluno e docente no âmbito escolar.