A realidade educacional é precária na maior parte das escolas públicas brasileiras. A falta de estrutura e investimentos culmina na desmotivação de professores e alunos que seguem um currículo ultrapassado, não atendendo as suas expectativas e interesses. Consequentemente, isso leva a altos índices de evasão escolar, mantendo o ciclo de pobreza. É evidente que, a falta de escolaridade faz com que se perpetue as desigualdades socioeconômicas . O trabalho infanto- juvenil é um dos fatores que contribui para a evasão escolar, pois, muitos adolescentes de baixa renda precisam trabalhar para complementar o orçamento familiar, o que dificulta o seu desempenho, ou até impossibilita a sua frequência, escolar. Tornando-se mão de obra de baixa qualificação e recebendo menores salários, o que dificulta a sua ascensão social. Devido a falta de estrutura e má qualidade de ensino, muitas empresas lucram com a privatização escolar. Por cobrarem altas mensalidades, acabam segregando ainda mais as classes sociais. Uma medida tomada pelo governo para tentar diminuir tais discrepâncias e facilitar o acesso ao ensino superior foram as cotas para ingressantes de escolas públicas, entretanto, essa medida não atinge as reais causas da defasagem escolar brasileira. É preciso, portanto, maiores investimentos do poder público em estrutura e executar reformas no currículo escolar, integrando as tecnologias com acesso à internet a favor do conhecimento, para garantir o interesse dos alunos. Além disso, é importante a valorização dos professores, com reajuste salarial e planos de carreira, para que se sintam motivados a lecionar. Também é primordial, a parceria de empresas privadas com a sociedade, contratando jovens para estágio, com a oferta de bolsa auxílio e a possibilidade de aprendizado. Dessa forma, podemos obter a perspectiva de um país menos desigual e mais desenvolvido.