Tornou-se evidente na atualidade a situação degradante em que se encontra o ensino brasileiro, em especial, o público. A falta de infraestrutura e a subvalorização dos educadores costumam ser alguns dos pontos mais discutidos desse problema. Problema esse, que em um panorama mais amplo, mostra-se generalizado nas diferentes classes sociais, cada uma com suas particularidades. Em relação à camada populacional de baixa renda, apesar da educação ser um direito social previsto na constituição, usufruir desse benefício esbarra em questões estruturais e humanas para essas pessoas. É difícil imaginar que um cidadão terá uma base educacional satisfatória, se o mesmo terá de obtê-la em um ambiente mal organizado, com turmas gigantescas, material didático defasado ou de baixa qualidade e ensinado por um profissional mal remunerado. No outro extremo da pirâmide social, também há uma situação preocupante. Os alunos, mais especificamente a partir do ensino médio, são educados essencialmente não para usar seus novos conhecimentos para a vida pessoal e profissional, mas para serem aprovados nos vestibulares. Provas que serviriam para avaliar se o estudante tem os requisitos satisfatórios para seguir adiante para o ensino superior, viram grandes competições em que está em disputa, muitas vezes, o prestígio social sobre a afinidade profissional. A reforma do ensino brasileiro passa pela necessidade por uma série de investimentos a serem feitos pelas diferentes esferas do poder público, de modo a estruturar e expandir os mais diversos centros educativos. Somando isso, à valorização do educador e do ensino que preze pela inclusão social e formação profissionalizante, o país tomara um rumo certo ao desenvolvimento tanto econômico como social.