Funcionando como a Lei da Inércia, descrita por Isaac Newton, a qual afirma: “um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficientemente forte atue sobre ele e mude o respectivo percurso”. Nessa conjuntura, a dificuldade de jovens obterem bons resultados no ensino médio e superior é um infortúnio persistente. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficientemente capaz de alterar o rumo desse problema, fatores governamentais acabam contribuindo com a situação atual na sociedade tupiniquim. Uma hodierna pesquisa publicada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou que o Brasil é um dos países com menores investimentos em educação básica. A mesma pesquisa também divulgou que o valor gasto na educação básica é 300% menor do que os investimentos por estudante universitário no país. Em vista disso, fica evidente a insuficiência do ensino básico. Desse modo, os universitários egressos de escolas públicas tendem a ter bastante dificuldade durante o percurso na graduação. Consoante a isso, num ranking da OCDE, que mede a qualidade da educação em trinta e seis países, o Brasil ocupa a penúltima posição. Nesse contexto, isso sobrevém porque houve um maior acesso à educação superior no país. Assim sendo, com a inclusão de alunos desfavorecidos e com atrasos de aprendizagem em razão do sistema de ensino público, o desempenho geral dos estudantes brasileiros acaba sendo exíguo. Dessa forma, tergiversar diante das circunstâncias apresentadas é inaceitável. Dessarte, o Governo Federal em sinergia com os Governos Estaduais e prefeituras municipais devem cooperar para reduzir esse déficit educacional. Para isso, é fulcral priorizar investimentos na educação básica, aumentando assim, a qualidade do ensino público brasileiro. Decerto, a colaboração efetiva entre governos e prefeituras funcionará como a força delineada por Newton e mudará o itinerário desse problema que aflige o país, da persistência para a extinção.