Título da redação:

Educação no Brasil é política e ideológica

Proposta: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 04/07/2018

O filósofo Immanuel Kant dizia que o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Essa afirmação serve de base para explicar fenômenos da atualidade. No Brasil contemporâneo a sociedade é marcada pelo consumismo, competição e individualismo, e a educação que a formou foi aquela pautada na ideia do positivismo e da meritocracia em que os indivíduos buscam alcançar uma meta e quem alcança primeiro é considerado esforçado, por isso eles competem entre si e consequentemente tornam-se individualistas. Esse modelo de educação persistiu até mesmo no governo da ex- presidente Dilma Rousseff, que em seu segundo mandato, tinha como lema: Brasil pátria educadora, revelando, com isso, um recurso usado para fins retóricos e nada práticos. Dessa forma, a educação contemporânea no Brasil enfrenta a problemática política, pedagógica e ideológica. É preciso considerar os aspectos políticos envolvidos nesse processo, já que a educação é um dever do Estado. Embora alguns parlamentares tenha demonstrado a preocupação em apresentar projetos de lei para melhoria da educação, o Executivo, juntamente com sua base aliada, aprovou, em 2017, um projeto de emenda constitucional que limita os gastos com saúde, educação, segurança e infraestrutura por vinte anos, revelando, com isso, o caráter excludente de um Estado que não cumpre o seu papel. Dessa forma, nota-se que, as condições precárias da educação pública no Brasil possui motivações políticas. Além disso, percebe-se um viés ideológico presente na lógica positivista e meritocrática. Quando se estabelece uma meta, ou uma pontuação máxima, ou mesmo um nível satisfatório, sem levar em consideração o contexto social, familiar e histórico, as subjetividades e particularidades de cada aluno, estabelece-se uma competição injusta e desigual. Paulo freire, em seu livro Pedagogia da Autonomia, se referia a esse modelo pedagógico como educação bancaria e criticava o por ser acumulativo e por ignorar o aluno como sujeito. Desse modo, esse modelo pedagógico anula os sujeitos, limita o indivíduo e reforça a lógica capitalista. Em suma, o Brasil ainda não é uma pátria educadora. A educação que forma o indivíduo aqui atua de forma política e ideológica. Para superar esse problema é preciso que cada indivíduo pressione o governo ,por meio de manifestações de rua, para implementação de novas políticas públicas nesse setor. Além disso, os professores devem se organizar politicamente para discutir saídas com os gestores. O Governo Federal escolha um representante da educação para o MEC destinar mais recursos para essa pasta. Cabe ao MEC reunir as ideias e propostas discutidas pelos professores; estudar, testar e aplicar novos métodos pedagógicos que levem em consideração toda realidade do aluno. Com isso, será dado um passo importante para a formação de homens e mulheres críticos e conscientes.