Falta de educação. Essa é a consequência evidente quando o sistema educacional não garante o suporte estudantil básico, impedindo as transformações que se fazem necessárias para o avanço social. O filósofo Immanuel Kant estava certo quando afirmou que o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. E, a insuficiência dessa educação, é capaz de incorrer limitações, anulando uma série de aspectos imprescindíveis para as interações sociais e formação do indivíduo. Na contemporaneidade, no entanto, a educação não deve apenas dispor o conhecimento básico aos jovens, mas também deve oferecer o apoio devido para mantê-los no processo educacional, até que estejam aptos ao pleno exercício da cidadania. De fato, muitos acreditam que a educação está ao alcance de todos. Porém, na prática, nem sempre está respaldada em transmitir uma aprendizagem sólida. É aí que a educação não se faz suficiente. Por vezes, simplesmente, segue-se o plano de ensino, sem contribuir para que o indivíduo tenha prazer no processo estudantil. O que, por sua vez, comprova que grande parte dos “educadores” não estão suficientemente preparados para conduzir o estudante na educação básica. Muitos desses professores, inclusive, inclinam-se para um modo de ensino defasado, monótono e negligente. Na dimensão de apoio, no intuito de dar condições a progressão estudantil individual, nota-se debilidades no que tange à infraestrutura escolar, falta de auxílio de deslocamento e alimentação, bem como a desvalorização salarial dos educadores. Por outro lado, cabe ressaltar que a educação não é apenas responsabilidade do Estado e dos professores, mesmo porque a família tem comprometimento direto no desenvolvimento do estudante, e por isso deve ser participativa nesse processo. Torna-se evidente, entretanto, que oferecer educação básica sem dispor ações de suporte básicos, não produz efeitos significativos que configurem a educação brasileira como um sistema de ensino plenamente eficaz. O governo, no entanto, junto aos veículos midiáticos, pode difundir a relevância da educação básica ao promover palestras e ações de apoio que despertem o engajamento social, de modo que o processo educacional seja encarado como requisito indispensável, e plenamente acessível. Além disso, professores mais comprometidos junto à família, podem cobrar a participação ativa dos estudantes, cultivando nesses indivíduos, desde cedo, a consciência educacional, social e política como condição essencial para o exercício da cidadania.