A educação é um dos direitos mais preciosos e necessários que o ser humano possui. É através dela que se formam cidadãos, pensadores e profissionais, pois a educação é o pilar da sociedade. Nesse sentido, ela deve ser tratada com respeito, atenção e cuidado. Entretanto, isso não tem sido percebido no Brasil, no qual a educação é pouco valorizada e muito fragmentada, resultado de fatores como a falta de incentivo aos estudantes, infraestrutura precária das escolas e baixa valorização do professor. Muita teoria e pouca prática. Com um currículo de aproximadamente 11 disciplinas, é compreensível que o estudante espere utilizar os conhecimentos obtidos em sala de aula no seu cotidiano. Contudo, dificilmente isso acontece. Dessa forma, ao deparar-se com tanto conteúdo a ser estudado e ao mesmo tempo pensar que provavelmente não verá aplicabilidade, o aluno perde o estímulo e começa a priorizar outras atividades consideradas mais legais pelos adolescentes, como vídeo-games e futebol. A partir daí, o pensamento de “estudar para a prova” é propagada, a nota se torna o objetivo. Em consequência, a educação do País decai, o que já é notada em rankings de educação como o Pisa, no qual, na última publicação, o Brasil ocupou a 60º posição de 76 posições. Além disso, a ausência de boa remuneração aos docentes e estruturas precárias das escolas também colaboram para um cenário educacional desfavorável. O conhecimento é muito importante para ser tratado como mercadoria, mas qualquer profissional deseja ser bem pago, e com o professor não é diferente. Porém, o Estado ainda não faz isso, desanimando o docente a exercer o seu ofício com prazer e sem preocupações de cunho financeiro. Ainda, a presença de infraestruturas precárias, como falta de laboratórios de informática e ciências e ambientes recreativos, torna inviável uma abordagem dinâmica e criativa dos conteúdos. No entanto, há medidas que podem ser tomadas para que esse quadro seja melhorado. Para isso, o governo deve, por meio do MEC, criar projetos que visem reformular a matriz de ensino, priorizando o essencial. Ademais, esses projetos precisam também englobar a destinação de mais verba orçamentária para as escolas públicas, a fim de que sejam supridas deficiências de infraestrutura e aumento de salário dos professores. Já as escolas precisam desenvolver aplicar metodologias de ensino que exponham os conteúdos disciplinares aos estudantes de forma que desperte neles a curiosidade e motivação, o que pode ser feito por meio de atividades práticas ao ar livro, em sala de aula e em laboratórios. Logo, a educação é uma arma poderosa contra a ignorância e inseparável de qualquer sociedade próspera. Assim, é preciso admiração e esmero por ela. Pois, como disse Aristóteles, “a questão primordial não é o que sabemos, mas como sabemos”.