O fluxo imigratório para o Brasil obteve números significativos logo após o ano de 1888, com o fim da escravidão. Nesse período, vários europeus, principalmente portugueses e italianos, saíram de seus países para trabalhar nas lavouras de café das regiões sul e sudeste e, atualmente, esse fluxo continua aumentando visto que, o Brasil está em pleno desenvolvimento econômico e oferece mais oportunidades de emprego que outros países. Embora o Brasil esteja na rota atual das imigrações, a situação dos refugiados e até mesmo dos que recebem o visto humanitário, difere, e muito, dos que entram no país por outros meios legais. Inserir essas pessoas na sociedade tornou-se um problema, visto que, muitas vezes, o acesso a documentação, a informação e ao trabalho formal é demorado. Possivelmente essa demora tem, dentre outras, origem na falta de legislações e diretrizes que possam regularizar e guiar o atendimento dos imigrantes nessa situação. Além disso, é possível que o mito dos estrangeiros ameaçarem os empregos dos brasileiros, dificulte esse acolhimento. Dessa forma, para resolver esse impasse, faz-se necessário que inicialmente seja elaborado um conjunto de diretrizes para serem seguidas pelos funcionários dos órgãos públicos, informando os passos que devem ser seguidos para melhorar o atendimento desse publico. Da mesma forma, mutirões organizados pela Receita Federal e pelo Ministério do Trabalho poderiam agilizar a emissão de CPF’s e de carteiras de trabalho e, políticas públicas poderiam ser elaboradas para regularizar a emissão de vistos nos países de origem desses estrangeiros, evitando assim que muitos deles enfrentem situações subumanas em nossas fronteiras.