O hábito de leitura é fundamental para a formação da capacidade de discernimento dos indivíduos, também, contribui para o aprendizado e abstração de conhecimentos. No entanto, o Brasil é um país em que a leitura está cada vez mais isenta, no cotidiano, decorrente da falta de incentivo familiar, escolar e de políticas públicas. Em primeiro lugar, muitas das escolas brasileiras não apresentam bibliotecas qualificadas ou projetos de leitura e análise de obras literárias, sendo que a leitura é a base do aprendizado e da formação pedagógica dos indivíduos.Com esse atraso na área da educação, o Brasil está em 8º lugar entre outros países, com cerca de 14 milhões de pessoas analfabetas, e; além disso, o país obteve um resultado vergonhoso na redação do ENEM 2014 – Exame Nacional do Ensino Médio- na qual, mais de 500 mil candidatos tiveram nota zero. Em segundo lugar, somados a falta de incentivo por parte das escolas, advém outros vieses importantes, tais como: a cultura familiar isenta do zelo por obras literárias e a falta de vontade ou de interesse pela leitura, se acomodando, apenas, com as manchetes, sem estar preocupado, não só ao conhecimento, como também aos acontecimentos políticos, logo, faz o uso da famosa “ Lei de Gerson” em seu dia, sem perceber. Paralelo a essa situação, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman afirma que estamos vivendo em uma “modernidade líquida” cuja principal marca é a ausência de comprometimento, ou seja, o hábito de leitura está cada vez mais frágil e volúvel, assim sendo, as pessoas estão cada vez menos se interessando pela leitura na íntegra. Isso é visível na baixa capacidade crítica das pessoas, além do vasto conhecimento, um vocabulário e uma escrita “pobre” – sem argumentos e elementos essências da escrita, segundo as regras ortográficas. Sendo assim, é necessário que haja uma intervenção governamental, em suas várias instâncias da educação, em beneficiar e incentivar a leitura. Isso se daria através da implantação de aulas de literatura, nas escolas, as quais deve criar projetos de análises das obras, de leitura obrigatória, orientadas pelos professores e criar olimpíadas de redação nacional, a fim de incentivar os jovens pela escrita e leitura. Além disso, torna-se necessário o investimento de bibliotecas tanto nas escolas, como em locais públicos, a fim de que todos possam ter acesso aos livros. Cabe ainda lembrar, no apoio fundamental da família em incentivar a leitura, desde criança, para que de auxílio na sua capacidade crítica e na formação pedagógica.