Título da redação:

Leitura: reflexo governamental e familiar

Tema de redação: Atual cenário da leitura no Brasil: realidade favorável ou falta incentivo?

Redação enviada em 05/06/2016

A leitura propicia inúmeros benefícios àquele que lê: melhora atividade cognitiva e aumenta senso crítico. Entretanto, tal prática encontra-se, ainda, em um estado desfavorável no Brasil, mantendo-se em baixa desde a configuração social brasileira e sua marca excludente. Desse modo, a situação, ocasionada - principalmente - pela falta de incentivo nas esferas federal e estadual e pelo desinteresse populacional, permanece como impasse a ser solucionado pela sociedade em geral. A baixa escolaridade, no Brasil, apresenta média de pouco mais de sete anos, segundo o IBGE, dificultando o enraizamento do hábito de ler. Ela advém de políticas falhas de retorno à escola e da estagnação do ensino público. Seu efeito é ocasionado pelo pouco tempo no ambiente educativo, e, muitas vezes, fragmentado em períodos de frequência, pois não há constância no incentivo direto ou indireto à leitura. Ademais, o cenário é agravado pela desigualdade econômica e, consequentemente, pelo impedimento à informação e à cultura, visto que o baixo poder aquisitivo incapacita, muitas vezes, na compra de livros ou, ainda, acesso a jornais e revistas virtuais (indisponibilidade de internet e computadores). Além disso, o pouco incentivo das famílias no processo educativo de seus filhos, acomete na perda de um grande suporte à leitura do jovem: o hábito escasso, desde cedo, interfere gravemente na vida adulta, por se tratar de inconstância. Rotinas cansativas – herança histórica do modelo fordista (alienação e perda da individualidade) – interferem não só no acompanhamento, mas também no exemplo, muitas vezes fraco, que os pais oferecem aos seus filhos. Portanto, o Ministério da Educação junto com as Secretarias Municipais de Educação, devem ampliar projetos (maior acesso a bibliotecas públicas e acervos móveis) que, atualmente, têm ação local. Para isso, deve haver a contratação e preparação de profissionais adequados (pedagogos, por exemplo), realizando o diálogo necessário com idealizadores das ações incentivadoras e, desse modo, divulgando a leitura para todas as camadas populacionais. Outrossim, famílias conscientes e grêmios estudantis devem estreitar a relações, realizando reuniões semanais e discutindo atitudes como arrecadação de livros usados e campanhas, impulsionando os alunos a lerem.