A leitura é, inegavelmente, um dos principais meios de obtenção de informações que possuímos. Esta ferramenta foi utilizada ao longo de muitos séculos em conjunto com os livros, fontes de registros de conhecimentos científicos, históricos e de contos populares. Atualmente, no Brasil, está havendo uma crescente dissociação entre a necessidade de leituras, aprofundadas e de qualidade, e a obtenção de conhecimentos, mas isto seria algo natural, tendo em vista nossos atuais recursos ou, de fato, há motivo para preocupação? Nos dias de hoje, percebe-se que há um movimento mundial de substituição de livros impressos por arquivos digitais, utilizados em computadores, tablets e celulares, todavia, as informações que contêm, sejam elas sobre o mais misterioso dos assuntos, passaram a ser facilmente obtidas por meio de uma simples e rápida busca pela internet: prática e suficiente para suprir demandas imediatas. Porém, não há apanhado de informações que satisfaça a curiosidade a respeito do enredo dos livros mais lidos no momento, há que se saber a história completa, mas acaba se tornando, também, mais viável despender apenas algumas horas assistindo às suas adaptações para o cinema, que passar semanas, meses, a fio, lendo suas páginas. Mas, nos cabe questionar, em ambos os casos: qual a profundidade das informações obtidas desta maneira? Qual a sua confiabilidade? Assim, é possível afirmar que, ao contrário de favorável, o cenário que possuímos em relação à leitura em nosso país é preocupante, estando voltado à superficialidade e ao imediatismo, pouco contribuindo para a formação e desenvolvimento intelectual da população.