A falta de incentivo à leitura no Brasil é bastante prejudicial para o indivíduo e para a nação, pois ler é fundamental no processo de conhecimento e aprendizagem. Além disso, a falta de leitura é responsável pela alienação da população, evasão escolar e menor acesso ao ensino ao superior. Infelizmente, esse cenário é fortalecido diante dos baixos investimentos do governo na educação. É importante pontuar, de início, como a alienação pode prejudicar o desenvolvimento da sociedade. Na República Velha, por exemplo, muitos trabalhadores eram submetidos a votarem em um candidato com o receio de perderem seus empregos. Hoje, com vinte reais, ou menos, um político consegue o mesmo resultado. Tais fatos demostram, então, que a falta de leitura reflete significativamente no exercício da cidadania, fazendo com que se perpetue um sistema perverso e retrógrado. É válido destacar, ainda, o analfabetismo funcional, que consiste na dificuldade de interpretar o que foi lido. Muitos indivíduos aprendem a ler, mas na hora de realizar um exercício, por exemplo, têm a sensação de que nada foi lido. Esse fato é responsável pela alta taxa de evasão escolar, pois desestimula bastante o estudante. Esses desistentes, na maioria das vezes, de classes sociais menos abastadas, provavelmente servirão de curral eleitoral, dando continuidade ao ciclo. Dessa forma, fica evidente como a leitura é essencial para a manutenção da democracia e maior consciência política do povo. Portanto, é fundamental que os professores busquem uma participação mais efetiva dos estudantes em sala de aula, pedindo para que leiam e perguntem o que foi compreendido. Ademais, a escola é imprescindível na realização de passeios culturais, como para a Bienal do Livro.