Título da redação:

Há um livro no meio do caminho!

Tema de redação: Atual cenário da leitura no Brasil: realidade favorável ou falta incentivo?

Redação enviada em 05/10/2015

Não há pedras no meio do caminho, no meio do caminho há pessoas e livros. Essa máxima no mundo globalizado, na era do qual conhecimento é poder, ganha um espaço notório como ideologia daqueles que fazem da leitura um costume diário e assíduo. Entretanto, mesmo diante dessa perspectiva, a maioria da população brasileira tem mostrado uma aversão aos livros, sejam eles virtuais ou concretos. Assim, é relevante analisar alguns pontos que permeiam esse fato. A priori, metaforicamente, se para José Saramago "uma aldeia é do exato tamanho do mundo para quem sempre nela viveu", no contexto brasileiro não é diferente. A leitura, que outrora foi e ainda é vista como uma forma de otimizar o imaginário dos indivíduos, a capacidade de sonhar, a criatividade, conceder uma visão crítica, transpor essa aldeia ao qual estamos inseridos, no âmbito brasileiro é cada vez mais é ignorada. Esse preceito é, de certo modo, advindo do sistema educacional, caracterizado pelo ensino "bancário", no qual é imposto o método do "decorar", isto é, o aluno é apenas um receptor de informações, nessa lógica, os professores fingem que ensinam, os alunos fingem que estudam e, por conseguinte, as instituições fingem que produz conhecimento. Por conseguinte, a leitura tem se mostrado um benefício importante não só de ordem escolar, no modo crítico com o qual as pessoas que tem esse hábito analisam as situações, mas também de ordem sociológica na forma de inserção de alguns jovens em grupos de estudo e leitura. Não obstante, mesmo diante dessas benesses, o cenário hodierno é orquestrado por alguns fatores que obstam o exercício da leitura, com, por exemplo, a falta de incentivo, tanto no âmbito familiar, quanto no âmbito econômico quando os preços dos livros ainda se mostram elevados para uma boa parcela da população. Portanto, seja na escola, em casa ou em bibliotecas públicas, é preciso criar mecanismos que estimulem esse costume de importância inquestionável. Dessa forma, o Estado, junto com as instituições de ensino poderiam dinamizar a forma com que é tratado o ensino, por exemplo, por meio de grupos de leitura, instituir nas disciplinas o conhecimento prático para que o indivíduo tenha o interesse e perceba a real utilidade do que ele lê, além de reduzir os preços dos livros por meio de subsídios . Ademais, a própria sociedade civil pode gerir palestras que contribuam para descontruir essa aversão que se tem a leitura.