Muito se sabe que o incentivo para a leitura na cultura brasileira se ausenta. Infelizmente, além das famílias, as escolas falham com suas quase inexistentes bibliotecas, tão incompletas como pouco frequentadas. Crescemos em meio a uma sociedade que faz descaso e utiliza da leitura como uma obrigação. É irrefutável o quão o ato de ler é necessário. Não só ler, como também escrever. A escrita sempre esteve ligada à leitura, e ambas trabalham unidas para adquirir conteúdo ao texto, fazendo palavras e ideias se fundirem. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler, porém, obter este hábito é sinônimo de compreender e elaborar a subjetividade pessoal e coletiva. Segundo o site britânico “The Economist”, a leitura no Brasil é uma vergonha. Muitos não leem porque não querem, outros chegam a ler em média 1 livro por ano. Mas, a aversão dos brasileiros pelos livros vem de séculos passados, a educação primária se tornou universal apenas na década de 90, e os anos 2000 ainda se mostraram precários, com um quarto dos brasileiros acima de 15 anos de idade sendo analfabetos funcionais. A construção da leitura deve ser desenvolvida na infância, contribuindo para uma excelente evolução pessoal e intelectual. Os pais devem expor livros antes mesmo da criança aprender a ler, para que este hábito se torne um hobby corriqueiro. Se em casa as crianças não encontram pais leitores, reforça-se a ideia de que ler é uma obrigação escolar. O Estado e escolas devem atuar construindo mais bibliotecas e incentivando a desfrutar dos livros sem que isso seja uma obrigação. Por fim, quem lê mais, melhor escreve e debate, obtém conhecimento, e dinamiza a interpretação.