É indubitável a importância da leitura para a construção da cidadania em uma nação: ampliação do repertório e vocabulário, auto-conhecimento, despertar do senso crítico,são apenas alguns dos benefícios trazidos por essa prática. Entretanto, no Brasil contemporâneo, devido à ascensão das plataformas digitais e a ausência de investimentos na educação, a leitura vem sendo, cada vez mais, desprezada pela população, representando verdadeiro infortúnio para com essa atividade tão enriquecedora. “A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita precisão” com essa frase do filósofo Francis Bacon, tem-se ilustrado o poder trazido pelos livros, estimulando uma maior racionalidade e dinamizando interpretações acerca de fatos e experiências. Exemplo disso foi a censura feita durante a Segunda Guerra Mundial, como foi abordado no filme A Menina que Roubava Livros, que mostra a preocupação da Alemanha nazista com o possível engajamento que os leitores poderiam ter contra as barbáries cometidas na época. No entanto, apesar de tamanho enriquecimento intelectual, a realidade brasileira se mostra divergente a essa prática. De acordo com o Retrato da Leitura no Brasil, pesquisa feita pelo Ibope, são lidos apenas 4,9 livros por ano, cenário esse, preocupante. Desde o surgimento das redes sociais, que ocupam os leitores quase que integralmente, até o descaso governamental com a educação nacional, muitos são os fatores que acabam afastando a população dos livros, que tem seu cotidiano diretamente afetado. Incapazes de interpretar informações, representam verdadeiros analfabetos funcionais,se tornando manipulados pelos interesses dos meios midiáticos. A necessidade de reverter essa situação é, portanto, evidente. Investimentos do Governo na educação, construindo mais bibliotecas nas escolas e provendo-as de mais livros e mais professores de Literatura, História e Sociologia. Juntamente com apoio de ONGs, com campanhas publicitárias conscientizantes, e da mídia, veiculando-as em suas plataformas, são,logo, medidas imprescindíveis. Só assim, estaremos rumando a uma sociedade mais leitora e, consequentemente, mais engajada na ordem e progresso da nação.