No decorrer dos anos a prática da leitura tem se tornado cada vez mais incomum. Isto é comprovado por uma pesquisa realizada no Brasil que revela que apenas 30% das pessoas leram algum livro em 2014. Além de ser um índice baixo, existe a preocupação por ser um dado pior do que em 2013. Isso evidencia a falta de incentivo no atual cenário brasileiro em uma realidade que é favorável para a leitura. Para um país que busca o progresso é preciso mudar essa realidade. O mundo globalizado e informatizado permite o acesso a uma grande coletânea de livros. O mundo virtual se expandiu. Porém, o leitor não acompanhou essa evolução. O acesso a literatura aumentou e o brasileiro optou por não explorar esse mundo cultural e do conhecimento. Atualmente transações bancárias são realizadas através da internet, pessoas se comunicam com todo o mundo, adquirem diploma por um novo método de ensino a distância. E por que não usam esta ferramenta para ler um livro? Vários motivos podem ser listados, como falta de tempo, recursos e dificuldades para o acesso. Porém o fator preponderante é a falta de incentivo. Nesse sentido, existe um déficit importante no sistema básico de educação. De acordo com Rubem Alves, no seu livro “prazer em ler”, a leitura precisa ser ensinada e praticada. Ir além do modelo cartesiano de ensino onde a gramatica é fator imperativo. O Brasil se encontra atrasado neste quesito. Além disso, falta o incentivo dos pais para estímulo e reforço da importância da leitura. Utilizar o mundo virtual através de tablets, computadores e similares é de suma importância para fomentar e possibilitar o prazer para a leitura. Essa é uma cultura que pode ser modificada, e não existe uma idade para que cada um modifique sua realidade. Segundo o autor citado, gostar de ler é possuir as chaves do mundo. Essa busca se faz necessária. Desse modo, é escasso o incentivo para fomentar a leitura no Brasil em um cenário favorável para essa prática. Cabe ao Estado realizar investimentos financeiros em resgatar bibliotecas públicas bem como associar este veículo ao meio de comunicação virtual. Além disso, rever junto ao MEC (Ministério da Educação) a grade curricular do ensino básico para fomentar o prazer da leitura associado com uma capacitação de professores para essa nova empreitada. A sociedade, mesmo que inicialmente trabalhoso e penoso, se dar essa oportunidade de ler e observar que através da leitura a porta de um novo mundo será aberta.