O Brasil é um país que ainda pouco consome e se interessa pela leitura. Mesmo que a divulgação esteja se tornando maior em território nacional e tenha englobado um maior número de leitores, as estatísticas ainda registram números baixos desse consumo. Isso se deve a muitos fatores, sejam eles políticos, econômicos, sociais e até mesmo culturais. Em um mundo onde a tecnologia se torna cada vez mais essencial, a população, principalmente de jovens e crianças, se vê impulsionada a abandonar a leitura e adentrar o universo digital. Com tantos jogos e redes sociais, livros são substituídos diariamente no lazer. Um outro fator de bastante influência está na cultura do país. Desde o período da colonização, a sociedade foi desenvolvida sem a presença dos livros, fato que se confirma com a tardia alfabetização. Segundo a Fecomercio-RJ, 70% dos brasileiros não leu em 2014 e a tendência era de que essa porcentagem aumentasse em 2015. Além de fatores sociais e culturais, ainda há os político-econômicos. O preço dos livros no país se torna bastante influente quanto a reduzir o interesse e o consumo dos brasileiros. Muitos se encontram sem condições financeiras para compra-los e, assim, não os leem. A falta de incentivo do governo também é um grande responsável. Em 2015 o consumo nacional do mercado comum sofreu uma queda de 0,81%. Adicionando o percentual de queda da compra de livros pelo governo nacional, esse número alcança os 9,23%. Dessa forma, fica clara a notável importância dos incentivos governamentais sobre a população. É necessário, portanto, que o país sofra uma mudança no cenário literário. Os brasileiros devem ler cada vez mais e para isso é necessário um conjunto de reformas. O governo deve aumentar os investimentos para esse setor e aumentar o incentivo, através de propagandas e feiras, como a Bienal do Livro, que leve esse mundo até a população. Deveria, também, firmar um acordo com editoras para reduzir o valor dos livros e torna-los mais acessíveis. E até disponibilizar bibliotecas e espaços para leitura por todo o país para que os moradores de baixa renda pudessem ter acesso à literatura. Assim, o Brasil sofreria um aumento de leitores e ainda passaria por transformações positivas na sociedade, como a presença de cidadãos mais conscientes, letrados e culturais.