Nos Estados Unidos, aplicação da tecnologia de ponta já começa a fazer parte do ensino de base e, apesar dele ser generalizado quanto à dependência dos objetos eletrônicos para a alfabetização de crianças, os professores rebatem com a simples solução: eu ficar sem energia, os alunos terão dificuldades para escrever, assim como qualquer adulto que não tenha papel e caneta na mão. Logo, se o anseio é de uma educação de qualidade como a de países desenvolvidos, o medo do Brasil do uso da tecnologia no sistema educativo deve ser superado. Sabe-se que, no final do século XX para o início do séc. XXI, ocorreu a 3ª revolução industrial que transformou a informática como a base do sistema mundial de produção. Entretanto, muitas escolas ainda persistem com a forma arcaica do ensino de giz e lousa, porém essa realidade se aparenta absurda quando o sistema de interação social muda, ao passo que a educação daqueles que o formam permanece igual. Nesse contexto, o discurso sobre renovação, feito pela Monja Coen, de que “se o homem sempre busca melhorar, a procura por respostas (...) deve estar no novo: nas soluções que ele ainda não conhece”, esclarecendo a importância da modernização da educação. Contudo, ela não é a única intelectual a tratar sobre o tema, pois o historiador Leandro karnal já afirmou que a geração atual lê mais do que todas as outras, devido ao uso da internet, afinal a falta de livros materiais não representa uma escassez de leitura, mas uma mudança na construção da linguagem e na forma de acesso aos textos. Portanto, trazer o conteúdo escolar para o mundo dos jovens, por meio da tecnologia, possibilita a aplicação do conhecimento no cotidiano, melhorando o seu armazenamento na memória, já que, como informado no jornal “O Globo”, 7 em cada 10 alunos sentem que seu aprendizado é mais eficiente quando a internet é utilizada nas aulas. Torna-se claro que a inserção da tecnologia no cenário da educação brasileira é necessária para ampliar o acesso a uma educação de qualidade. Dessa forma, cabe ao Governo Federal o dever de fornecer maior porcentagem de investimentos ao Ministério da Educação (MEC) para compras de computadores, internet apropriada e retroprojetores para todas as escolas públicas, visando incluir, por completo, o uso da tecnologia no sistema público educacional. Não obstante, é dever do MEC fornecer cursos gratuitos extracurriculares de informática para os alunos do ensino público, além de tornar obrigatório o uso de ferramentas tecnológicas em pelo menos 20% das aulas fornecidas no horário usual, com o intuito de familiarizar os jovens com a aplicação produtiva da internet no dia a dia. Dessa maneira, a educação brasileira será mais efetiva.