Com o advento da Revolução Técnico-científica, que se deu a partir da segunda metade do século XX, com ênfase no período da Segunda Guerra Mundial, foram possíveis inúmeros avanços tecnológicos que colaboraram para qualidade de vida da população. Nos tempos atuais, particularmente no âmbito educacional, a inserção das ferramentas tecnológicas permitiu significativos avanços no aperfeiçoamento do professor como mediador do conhecimento e facilitou o processo de aprendizagem do aluno. No entanto, o Brasil se mostra um país hostil perante as tecnologias na educação. Todas as vantagens do uso tecnológico pedagógico se torna ameaçada e escassa diante da falta de verbas destinadas à educação e, para agravar a situação, da recente PEC 241 que prevê congelamento de gastos com o setor educacional. Cabe analisar, em primeiro plano, que a tecnologia associada à sala de aula pode ser muito benéfica para professores e alunos. A utilização tecnológica pode ser proveitosa no estudo interativo dos conteúdos, tornando-os mais atraentes e fazendo com que o aluno adote uma postura mais participativa. A exemplo disso temos a pesquisa feita pela Gazeta do povo em 2017, em que mais de 75% dos alunos alegaram aprender mais quando os professores utilizavam a internet nas aulas. Ainda de forma vantajosa, o professor possui a possibilidade de deixar a aula mais dinâmica, como introduzir vídeos e jogos exemplificando o conteúdo dado, assim como filmes educativos que agreguem conteúdo e cultura aos discentes. Assim sendo, a inserção de tecnologia no sistema educacional brasileiro pode fortalecer e melhorar a qualidade do ensino no país. Nesse cenário é, todavia, desestimulante a forma com que o governo brasileiro lida com questões educativas, em especial, voltada à tecnologia. A começar pelas estruturas sucateadas das instituições públicas de ensino que, devido a falta de investimentos do governo, não possuem sequer materiais didáticos básicos, como livros, e em muitos locais não contam com professores por vários meses do ano. Logo, aparelhos tecnológicos se tornam utópicos e uma realidade distante de acontecer para a maioria das escolas públicas, que com isso, saem em desvantagem quanto a uma educação de qualidade e dinâmica. Diante do exposto, é necessário ações que aumentem o uso educacional de tecnologias em salas de aula. O economista britânico Arthur Lewis defendia que "educação nunca foi despesa, sempre foi investimento com retorno garantido"; depreende-se, portanto, a necessidade do Governo Federal revogar a PEC do congelamento de gastos educacionais, e, assim, reajustar de forma suficiente a verba destinada à educação, a ponto de ser possível investimentos em aparato tecnológico- internet, computadores, tablets- que serão usados como ferramentas pedagógicas. Assim, a educação poderá absorver as benesses da tecnologia e evoluir. Por fim, resta aos alunos aproveitarem e zelarem pelo patrimônio público, a fim de que eles e outras gerações venham desfrutar da qualidade do ensino.