A tecnologia sempre atuou de forma decisiva nos rumos da história da humanidade, entre eles destacam-se a Segunda Guerra Mundial e a Revolução Industrial. Esse mesmo potencial influenciador, hodiernamente, lança os seus tentáculos revolucionários sobre a educação, tendo em vista as inúmeras vantagens do uso da tecnologia no processo de aprendizagem. Sendo assim, é importante considerar quais são as benesses para o ensino e qual o ambiente socioeconômico que desfavorece esse cenário educacional-tecnológico promissor, no Brasil. Primeiramente, é indubitável que a tecnologia agrega valor de maneira consistente à educação. De acordo com Zygmunt Bauman, no livro Modernidade Líquida, o advento da tecnologia fez o tempo se sobrepor ao espaço. Essa sobreposição significa que, hoje, há movimento sem deslocamento. De maneira análoga, um aluno, com um simples acesso à internet, pode viajar milhares de quilômetros para estudar sem sair da escola, ou, até mesmo, “trocar” um livro sem ter que ir à biblioteca, física. Dessa forma, lê-se um aumento vertiginoso da acessibilidade ao conhecimento de maneira equitativa e individualizada, nunca visto anteriormente, um avanço possibilitado pelos meios tecnológicos, para a educação. Outrossim, a tecnologia sempre foi sinônimo de custo, constituindo uma insensatez discorrer sobre as vantagens do seu uso na educação sem considerar o ambiente para sua promoção. Neste aspecto o Brasil encontra-se, claramente, infértil. As políticas apresentadas pelo governo só distanciam uma realidade de usufruto dos benefícios tecnológicos supracitados, uma vez que, com a escusa do déficit fiscal dos últimos anos, houve um congelamento de gastos destinados à educação. Com efeito, reduzindo a disponibilidade, nas escolas do “simples acesso à internet”. Com isso, observa-se o cego desprestígio do desenvolvimento de tecnologia para o aprendizado. Logo, fica evidente a necessidade de adequação estrutural para apropriação das vantagens do uso da tecnologia na educação. Para isso, o Governo Federal deve revogar o congelamento dos gastos educacionais, por meio de uma PEC, a fim de que os próximos reajustes de acréscimos anuais sejam investidos em aparato tecnológico – internet, computador, softwares, jogos - tanto para alunos quanto para professores – que usarão como ferramenta pedagógica. Assim, a educação poderá sorver os benefícios da tecnologia, galgando novos rumos.