A Segunda Guerra Mundial foi um período da história em que houve grande estímulo ao desenvolvimento de tecnologias, uma vez que seu resultado seria decisivo nas inúmeras batalhas. Hodiernamente, algo semelhante acontece no meio acadêmico. A tecnologia torna-se peça chave para o sistema educacional devido aos benefícios, inquestionáveis, frente à educação. No entanto, sua implementação, no Brasil, encontra dificuldades estruturais que merecem atenção. Em primeira análise, é importante destacar que o acréscimo que a tecnologia gera à educação, exige sua utilização no contexto do aprendizado. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a sociedade ideal é aquela compostas por homens virtuosos, alcançada apenas pela educação. Dada, dessa forma, a eminencia da educação, a tecnologia ganha destaque pois pode atuar como facilitador para o alcance de “virtudes”. Por exemplo, como fruto do avanço tecnológico, hoje, boa parte do conhecimento está à distância de um clique. Portanto, não é razoável negligenciar uma ferramenta revolucionária, como a tecnologia, em uma área crucial, como é a educação. Por conseguinte, a exigência supracitada está longe de torna-se realidade no Brasil. O sistema de ensino brasileiro é deficitário e defasado. Um estudo realizado pela Unesco aponta que o método de ensino nacional é o quinto mais ultrapassado entre os onze países pesquisados. Depreende-se, então, a depressão que acomete a educação brasileira e quão distante dela estão as vantagens que a tecnologia pode proporcionar. Logo, para melhor usufruto de todo potencial que a tecnologia pode trazer para a educação ações do Estado são necessárias. O Governo Federal, juntamente com o Ministério da Educação, deve definir novas formas de ensino que agreguem tecnologia, para isso deve capacitar os professores e destinar recursos financeiros – dos royalties do petróleo – para estruturação das escolas – como disponibilizar acesso à internet. Dessa maneira, a tecnologia ao invés de mortes, como no passado, possibilitará o desenvolvimento de virtudes.