Com o desenvolvimento do capitalismo, a burguesia viu a escola como um lugar para disciplinar e passar a ideologia dela para os futuros operários, disseminando essa instituição. Nesse aspecto, muitas características dessa época ainda são notadas atualmente, não seguindo o desenvolvimento e as necessidades dos jovens contemporâneos. Assim, é fundamental uma evolução do ambiente escolar, que pode começar pela introdução da tecnologia, a qual pode tornar as aulas mais lúdicas, além de possibilitar uma educação personalizada a cada aluno. Sob a óptica do educador Paulo Freire, o sistema educacional atual oferece uma “educação bancária”, isto é, uma preocupação excessiva com o conteúdo, sem estimular o senso crítico dos alunos. Nessa perspectiva, a informação está em todos os lugares, o professor não é mais o único detentor do conhecimento, logo, o conteúdo não deveria mais ser o grande foco e, sim, a busca por metodologias que tornem a aprendizagem mais instigante e que estimule a autonomia de cada aluno. Com isso, a tecnologia abre um mundo de possibilidades para o ensino, criando estratégias que facilitem a compreensão, ademais de poder ser interativa, incentivando os alunos a se interessar mais nas aulas. Muitas crianças que apresentam alguma forma de deficiência ou dificuldade de aprendizagem são excluídas do ensino, pois muitos colégios não apresentam estrutura para recebê-las. Nessa conjuntura, o uso de plataformas educativas online pode promover um atendimento personalizado e individual, superando as dificuldades de cada um e possibilitando que todos consigam se adaptar a um estilo mais eficiente de aprender, dessa forma, alunos mais lentos podem receber exercícios mais fáceis e, pouco a pouco, aumentando o nível. Desse modo, todos os estudantes são beneficiados pela tecnologia, uma vez que não serão desmotivados por não acompanharem a turma ou achar fácil demais. Percebe-se, portanto, que o modelo usado desde a ascensão da burguesia se tornou defasado e que a tecnologia apresenta muitas possibilidades de melhorar os estudos nas escolas. A partir disso, o Ministério da Educação deve especializar os professores, por meio de cursos que ensinem como adotar um modelo de ensino aliado à tecnologia, a fim de que eles sejam capacitados para utilizá-la corretamente e permitir que as vantagens dela sejam aproveitadas integralmente.