Relativo ao uso de tecnologias na sala de aula pode-se afirmar que a proposta surge como estratégia para a diminuição da evasão escolar, além de contribuir para a melhora da qualidade do ensino. No Brasil, 11,2% dos estudantes do ensino médio estão fora da escola, sendo o Pará o estado que possui o maior índice de evasão escolar, no qual 16% dos estudantes do ensino médio não frequentam mais a escola de acordo com dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Inserir tecnologias nas salas de aula as tornam mais dinâmicas e interativas, mais próximas da realidade da geração atual de crianças e adolescentes, que desde muito cedo interagem com o universo tecnológico. A ação, portanto, pode ser útil como recurso para redução da evasão escolar, pois a aproximação da forma de apresentação dos conteúdos com o estilo de vida dos jovens cria com eles uma relação de confiança e desperta o interesse, fundamentais para o processo de educar. Por conseguinte, poder-se-á acarretar uma melhora significativa na qualidade do ensino no país, sobretudo no ensino público. Isso porque tendo despertado nos jovens o interesse pelos estudos, eles se sentirão motivados a buscar e aprofundar-se em novos conhecimentos. O que, por sua vez, poderá refletir na melhora do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), podendo ainda o Ministério da Educação valer-se dessa estratégia para alcançar a meta desse índice para 2022 que é de 6 (numa escala d 0 a 10). Atualmente, o Ideb para os anos finais do ensino médio é de 3,7, segundo dados de 2015. Para que o uso das tecnologias em sala de aula tenham, dentre outras, as vantagens mencionadas é necessário uma ação conjunta das autoridades responsáveis para capacitar os professores quanto ao uso dessas novas ferramentas de ensino. Assim, eles poderão atuar com maior segurança e tornar o processo mais eficaz. Cabe ainda ao poder público a criação de normas que facilitem o acesso aos equipamentos tecnológicos, necessários ao processo, pelos que não possuem condições de adquiri-los. À exemplo do que ocorrera em Pernambuco, quando o governo distribuiu tabletes para os alunos da rede pública de ensino.