Isaac Asimov, escritor de ficção cientifica, imaginava em 1988, estações ligadas internacionalmente, onde o acesso a informação seria feito pelo manuseio de máquinas tecnológicas – computador. Nesse segmento, vivencia-se hoje, com relação ao uso da tecnologia no âmbito educacional, pelos educadores, um desafio pedagógico em ponderar o uso desses mecanismos educativos em sala de aula. O pedagogo Veiga em seu livro Repensando a Didática, indaga sobre as dificuldades que o professor enfrenta pela imposição de conteúdo e muitas vezes pela dificuldade estrutural enfrentada, cabendo a este, a adequação do conteúdo a realidade do aluno e as suas dificuldades no processo de aprendizagem. Entretanto, segundo a pesquisa realizada pela TIC Educação 52% das escolas utilizam tecnologia em sala de aula e 77% dos alunos utilizam smartphones durante as aulas, potencializando, portanto, os mecanismos de ensino. Apesar da interatividade fornecida pela tecnologia, deve-se levar em conta o uso ponderado e correto desses recursos – uma vez que o aluno, muita das vezes, não tem domínio metodológico para filtrar corretamente as informações fornecidas – de maneira a adequar o ensino do conteúdo, fornecendo mecanismos participativos e colaborativos para a sala de aula. Segundo a coordenadora da pesquisa Leila Iannone, as novas práticas pedagógicas inserem o aluno em um ambiente compartilhado. Portanto, diante dos aspectos observados, cabe ao MEC, juntamente com as Secretarias Municipais, a inserção de conteúdos destinados a utilização dos mecanismos tecnológicos na matéria de Metodologia Científica, ensinada inicialmente no ensino médio, para uma correta utilização interdisciplinar durante a aula, além do estudo técnico de mapeamento, realizado pelas Secretarias Municipais, das estruturas tecnológicas nas escolas, objetivando uma igualdade de ensino e recurso, desobstruindo, portanto, as dificuldades educativas abordadas por Veiga.